É Errado Tentar Escrever Com Técnica?

CADA
Autor: Carlos Henrique Rangel

Cada qual com o seu cada.
Respeito o que disse
E o que disseram quem disse.
Sou um daqueles que escreve
Por instinto...
Jogo palavras
Em folhas brancas
E elas ditam o que sinto.
Nada tenho contra rimas
Ou a falta das ditas.
Sou apenas um jogador
Jogador de letras...
Se são poemas
Eu não sei.
Sei que me agrada
O que faço
E a alguns também.

Muita certo. Cada qual com seu cada qual!
Oba, beijo

Não sei qual a questão que te move, mas tens toda a razão e o texto está muito bem escrito.

Quanto a esses que dizem tal, se é que existem, prefiro chamar-lhes apenas "ajuntadores de palavras".

Na verdade, este é um dos lados perniciosos da net!

Um abraçooo!
Abílio**

Cada qual é como cada um...uma reflexão a refletir no intimo sentir das palavras.

Beijos

Betha, começas e acabas com as frases
suficientes para quem quiser entender
o que pretendes dizer.
Gostei e concordo.
Beijinhos amiga
Antonieta

Olá Betha,

como de costume és inultrapassável na analítica...e uma das melhores maneiras é beber da fonte dos clássicos: ler, ler, ler, sem pretender ser crítico literário nem deixar adormecer a sua criatividade...

bjins

aqui libertamos nossas emoções, com ou sem transpiração, com mais ou menos técnica. Somos amadores de afectos quando escrevemos, e ninguém tem o direito de criticar pela negativa quem quer que seja.Cada um tem o seu estilo próprio e assim o deverá continuar. e bem entendo do princípio ao fim deste texto a congratulo-me pela iniciativa.

bj
Eduarda

escrever e opinar
tudo é certo,sem o ser
ou sequer muito importar
cada um que use as palavras,
da forma que lhe apetecer
que ouça,cale,não ouça,ou fale
certo é que eu gosto de aprender
aprendo com tudo o que leio
e escreverei até morrer.plim.

kiss

Seu texto está exxcelente betha, pertinente.
Eu daqui de lá acolá, dou uma olhada nas tendências, rs, é preciso...
E vou indo com meus "Edilsianos",rs, termo que tu mulher, tão bem criou
bj
Dill

Fazem falta textos como o teu. Estou de acordo com tudo o que aqui deixaste. E também aprendi um pouco com ele; pois gosto de aprender.

Beijo azul

boa noite!

técnicas de escrita?
ora diga lá uma. estou curioso em saber que técnicas são essas.
conheço a prática, essa sim, essa filha da polícia que me põe todos os dias a escrever, a escrever, a escrever, a acordar de noite, a acordar de noite.

técnica? quê, 1 + 1 = 2 ?
ou talvez, espere aí, par se fazer um conto, o escritor deve blá blá blá blá blá bla´?
é isso a técnica?
pois, só falta é saber o blá blá blá

amiga poeta, técnica não existe. existe sim...talento, entrega, dedicação, amor, ler os outros.
mas isto, são apenas ferramentas, por que o essencial, tem de estar no nosso sentido crítico.
e, cuidado com falsos elogios.
escrever é em silêncio e em silêncio se nasce e cresce. assim falou alguém que não é ninguém
qt á sua pergunta:
é errado é escrever sem saber ler-se



bj

Quando falei em criticas negativas, não foi em relação a ti e deves ter entendido bem. Sou pela critica construtiva e não negativa e pela liberdade de escrita dentro dos parâmetros civilizados.

Não vou pedir desculpas por uma coisa que sinto e acho real, neste site.~E digo-o com bases científicas.

O que menos quero é levantar qualquer tipo de guerra, estou cansada delas e não faz o meu estado de estar na vida. Comentei um texto apenas, e outros terão maneiras diferentes de pensar. Respeito-as porque gosto igualmente que o façam comigo

Quanto às técnicas, neste site cada um que as use a seu modo. Há quem prefira 10% de inspiração e 90% de transpiração, outros simplesmente apenas 100% de imaginação.

Mas há sempre uma leitura: aprender sempre!
bj
Eduarda

Estou aqui contente de ver sua criatividade, não só no texto, mas tbm nos comentários...rs..bjos madrinha.

SEM CORRENTE
Autor: Carlos Henrique Rangel

Fala-me ao coração
Com suas letras.
Que sejam feitas
Em academia e técnica
Ou que nasçam
Desse colo.
Quero ouvir poesia.
De uma corrente
Ou sem...
Que seja livre
Para dizer livremente
O que sente...
Por mim.
Jogue palavras ao vento.
Eu as farei minhas.
Sou colecionador de letras...
Suas letras...

Tudo bem?

Querida Betha,
Concordo contigo. É ótimo a liberdade. Escrevo porque preciso, escrevo pra mim em primeiro plano, e escrevo também, assim como li de um poeta aqui no luso, não me lembro o nome dele (perdoe-me), "escrevo para aproximar de mim aqueles que me entendem."
Beijos.

Cara Bertha,
Gostei desta reflexão porque "livre como o pensamento é a escrita". Agora as questões que se colocam - e eu sou um escritor técnico, que só por uma ocasião tive uma situação a que se pode rotular como inspiração; são basicamente estas: queremos ou não levar com eficácia a nossa mensagem?; quando se escreve existe pensamento? Pois bem, a técnica não é mais do que o método que se aplica para se efectuar com eficácia o que se pretende. Não basta ter a necessidade de pregar um prego e até dispor de um martelo, há que saber que o martelo se pega com a mão e que deve descrever um determinado movimento para que se bata no prego e este se fixe. O que aparentemente nos parece intuitivo é acto racional ou, se preferirem, interiormente racionalizado. Agora, por que utilizo esta ou aquela palavra?, utilizo-a porque a conheço, tenho-a na razão, pensei-a, intelectualizei-a. No fundo, há três estágios: sentir, pensar e agir; uns dizem ficar no primeiro quando usam do terceiro; outros dizem, quando usam o terceiro, que foram até ao segundo. No entanto, todos – e venha lá o primeiro dizer o contrário; quer queiram quer não, cumprem estes três estágios, caso contrário: como dizem?, como escrevem? Sobre o aspecto crítico focado nos comentários, direi isto: se leio e tenho opinião por que deverei ficar em silêncio? Os textos não têm como destinatário o leitor? Será que o leitor não tem o direito de tomar posse do texto?
Um beijo
Xavier Zarco

P.S.: O Flávio está com tretas e sabe bem que está com tretas, é o seu estilo, porque ele bem sabe o que escreve – até pode não saber do nome do boi dos recursos técnicos que utiliza, mas usa-os e, neste caso em concreto, bem. Mas, pronto, é um louco que toca acordeão, andou a ler o Cesariny, e o resto é conversa, não é Flávio?

Betha!!
Menina, ler o que escreve é sempre, como dizer, um exercício de me encontrar. É que nem é de hoje, sempre que a leio toco as texturas do meu pensamento e digo para mim mesma: isso é plágio!! kkkk (mesmo assim, acho que a (me) ando a ler pouco. Dizem que é do tempo, a culpa, mas sei lá!... talvez seja mais medo de tropeçar nas texturas, que gato escaldado...)
Bem, voltando à questão:
Eu acredito-me intuitiva. As minha palavras nascem-me já livres, donas de si, ou melhor, donas de mim. Impõem-se-me e, confesso, até gosto disso, sou preguiçosa por natureza e saltar a parte da transpiração agrada-me imenso... eh, eh! mas, como bem disse ali o Zarco, não nego que, "intuitivamente" lhes aplique o corrector (não correctivo!) das regras: gramaticais, ortográficas, harmónicas, imagéticas, semânticas.
E que, com base nos meus poucos conhecimentos, goste de ensaiar técnicas, nomeadamente de forma, rima e contabilidade silábica (? apesar de, às vezes, já não saber quantos dedos tenho na mão...). Não sei se sou mais, menos ou nada poeta, por isso. Sou o que sou, e espero dos outros o respeito que também lhes dou. E, como parece não acontecer só comigo, já desisti de tecer críticas pela negativa, porque, ainda que bem intencionadas, só atraem raios e coriscos. Então... fico-me pela minha: não leio tudo o que gosto(aria), não comento tudo o que gosto, mas tudo o que comento, gosto.
E depois, poesia é um campo aberto onde quase nada é semeado, é de cultura espontânea. Ele há cardos, papoilas, rosmaninho, rosas, urtigas, tojo... a escolha pode ou não valer o sacrifício (ou o deleite) da apanha, e há gostos para tudo.
Mas que há quem, ostensiva e prepotentemente, queime bandeiras e quem as carrega, só para fazer luz sobre si próprio, também há!
E, claro, há ainda aqueles que fazem o que sabem, mas atacam os que sabem o que fazem, defendendo-se com a liberdade de criação...(ainda que, como já li por aí num comentário, a esses queime mais um certo complexo de inferioridade latente do que outra coisa...)

Eu respeito quem sabe as regras e que sabe quando as quebra, criando.
E respeito quem não sabe as regras, mas tem a coragem de criar.
E respeito ainda mais quem tem a humildade de receber críticas, aprendendo.

Beijo, Betha, e a minha admiração já de sempre.

Teresa

Betha..

Obrigada por mais uma vez teres dito tudo de uma maneira que é tão tua e que nos ensina tanto quando queremos tirar daqui uma grande lição.

Escrever com tecnica é uma arte que requer muito estudo e muito treino,e todos que aspiramos a escrever qualquer coisa deviamos ter em atenção este saber.

Quanto mim,digo que já tentei por varias vezes escrever seguindo as regras da poesia,tais como soneto,rondel etc,mas como sei que ainda não serei capaz de seguir todas as etapas obrigatorias,prefiro sempre escrever num estilo livre...

Não será o mais correcto,mas é o meu.

O que me move realmente aqui é partilhar o meu pensamento com quem gosta de me ler.
Quanto a tecnica lá chegarei um dia.

Um beijo

E diria mais: quem manda às favas as regras, nada mais quer senão impor uma nova regra - a da irreverência... vai daí, voltamos ao mesmo. Afinal, o que é imposto e o que é criativo?... o que é certo e o que é errado?...
hummmm, a mim basta-me ser bonitodeselercomossentidoseocoração... pronto!

Beijinho, pois, o mesmo.

Há quem escreva a podar as palavras; há quem escreva a somar as palavras; há quem escreva respeitando as regras da língua; há quem escreva transgredindo essas regras: há muitas técnicas para se escrever bem (e para se escrever mal).
Até gosto de ler aqueles que transgridem as regras, porque as conhecem muito bem, e têm o talento para, transgredindo, fazerem obras de arte. Digamos que isso não está à mão de semear para qualquer um. São poucos os que o fazem bem. E até criam novas regras e novas palavras, nesta nossa língua já de si tão viva.
E nisto como noutras coisas, nada melhor de «cada macaco no seu galho», que é uma outra forma de dizer, «cada qual com seu cada qual».

DM