Sonetos : 

OUÇO-TE

 
Ouço-te como a brisa de outono,
Que queima aos meus poros nus,
Brilho de farol dos teus olhos
Vestidos em mim, num horizonte azul!

Ouço-te o verde mar lusitano, molhar
Minha pele cansada pelo brilho do olhar,
Pela neve dos teus beijos, que me fazem tua,
Pelo toque dos teus dedos, nesta pele nua!

Ouço-te redentor do meu caminho,
Albatroz que voa no alto vento,
Que no Fado do amor, poisou no ninho...

Pra me encher de conchas, sou colibri sozinho,
Ouça o barulho do marulho do mar...
Ouça-me agora, nasci pra te amar!


"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)

 
Autor
Ledalge
Autor
 
Texto
Data
Leituras
859
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
2 pontos
2
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Gilberto
Publicado: 05/08/2007 15:50  Atualizado: 05/08/2007 15:50
Colaborador
Usuário desde: 21/04/2007
Localidade: V.Nde GAIA-Porto
Mensagens: 1804
 Re: OUÇO-TE
Belo este soneto!

Este último terceto, acaba de uma uma forma sublime, este belo poema!

"Pra me encher de conchas, sou colibri sozinho,
Ouça o barulho do marulho do mar...
Ouça-me agora, nasci pra te amar!"

Lindo!

Beijinhos