Prosas Poéticas : 

Assassino

 
Vieste sem pedires e depois ficaste sem eu te deixar, curvaste as esperanças que ainda existiam, nada foi diferente e tu sabias que assim não ia ser mas insististe em fazer-me crer que as coisas poderiam melhorar...
Eu acreditei, sempre acreditaria em ti, mesmo após a tua morte continuo a acreditar nas tuas palavras, mesmo depois da bala te ter atravessado o corpo e de eu ter arremessado a arma pela janela fora para a piscina, mesmo depois de ter fugido a sete pés, escorregado na escada e partido o pé, ter ido para o hospital e depois ter ido ao teu funeral como uma viúva de muletas, eu mesmo assim acredito em ti ...
Assassinaste a minha alma e mesmo assim acredito em ti *


. façam de conta que eu não estive cá .

 
Autor
Margarete
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