Poemas : 

[se a morte vier contra a luz]

 
se a morte vier contra a luz
e dentro do corpo inventar
uma sombra
prodigiosa imensa
capaz de submergir
devorar
a palavra coração
o fôlego do fogo

então
possui seu corpo sobre o dorso
da areia
que restar pela ampulheta

derrama-te
como chuva de estrelas candentes
pela noite
que tece a sua manta em teu sopro
derradeiro



Xavier Zarco

 
Autor
Xavier_Zarco
 
Texto
Data
Leituras
1003
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
13 pontos
5
0
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Conceição Bernardino
Publicado: 26/08/2010 23:36  Atualizado: 26/08/2010 23:36
Usuário desde: 22/08/2009
Localidade: Porto
Mensagens: 3357
 Re: [se a morte vier contra a luz]
olá Zarco,

se a morte assim vier que me traga também a chuva para que eu me dissolva...

belo poema, desculpa o belo mas é como o sinto

beijo



Enviado por Tópico
VónyFerreira
Publicado: 27/08/2010 11:15  Atualizado: 27/08/2010 11:15
Membro de honra
Usuário desde: 14/05/2008
Localidade: Leiria
Mensagens: 10301
 Re: [se a morte vier contra a luz]
Excelente e belo poema,
Pedro.
Quem sabe, sabe!
Um beijo
Vóny Ferreira

Enviado por Tópico
poesiadeneno
Publicado: 28/08/2010 14:11  Atualizado: 28/08/2010 14:11
Colaborador
Usuário desde: 27/06/2009
Localidade:
Mensagens: 1405
 Re: [se a morte vier contra a luz]
Xavier

Um belo poema,um belo filme - contra a luz/contraluz.


Abraço