Poemas, frases e mensagens de zepoli

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de zepoli

EU E OS DIAS

 
EU E O DIA (ZÉ POLINOMIO)

O dia está passando...
Passando com ele estou envelhecendo
E não passando estou morrendo

Ora! Se passei com o dia?
Como posso está neste dia
Não vês que hoje já é outro dia?
Que amanhã passará.

Passa o dia com seu passo.
Não quero passar com o dia
Pois assim é envelhecer.
.

Passa um dia, dois dias, três dias.
Muitos dias..
E, para onde passam tantos dias?

INCRIVEL!
Quem será que passa mesmo sou eu ou os dias?
 
EU E OS DIAS

A ESPERA ( ZÉ POLINOMIO)

 
A ESPERA (ZÉ POLINÔMIO)

A primeira moça passa e não diz nada
A outra moça passa apressada
O homem esnobe passa
Ela que devia passar não passa

A decepção chega e depois passa
A dor que não esperava chega e não passa
O homem com fome passa
E minha fome passa

Tudo passa na longa estrada
Deixando em mim a lembrança
Passa o encanto e o desencanto
Deixando só esperança

Passa o velho e passa o novo
Entre a multidão que passa
Todos passam de volta
Somente ela não passa

Passa rico e passa pobre
Passa o palhaço e faz graça
Passa o sorriso de meus lábios
E ela nunca que passa.

Passa-me a vontade de comer
Passa o dia e passa a noite
Passando não sei pra que.
Somente ela não passa
Não passa não sei por que.
 
A ESPERA  ( ZÉ POLINOMIO)

POEMA DE PEDRAS

 
POEMA DE PEDRAS (ZÉ POLINÕMIO)


Meu poema é de pedras
Jogadas e recebidas
E tantas outras encontradas
Pelos caminhos da vida

Meu poema nasceu das pedras
Encontradas no caminho.
Já o nosso amor nasceu de um sorriso
Quando me pegastes sozinho
Nosso amor cresceu, cresceu, cresceu...
Ficou velho virou pedra e morreu.

Pedras jogadas e recebidas
Assim prossegue a vida
Pedra continua pedra
Mesmo polida.
 
POEMA DE PEDRAS

CARTA DE DE UM MATEMATICO (ZÉ POLINÕMIO)

 
CARTA DE UM MATEMATICO ( ZÉ POLINÕMIO)

Quadrante, 10 de 8tubro de 2008

Querida Com6São,

Elementos irracionais traçam planos para que eu saia pela tangente. Fiquei quociente quando analisei a questão. Considerei a hipótese que eu seja quadrado, mais não passei do limite. Pertenço ao um ciclo e não tenho razão para ser produto do meio. É natural fazer parte do x-tema e não sou radical em ver a coisa por outro ângulo. Às vezes ando em linha reta para cortar as curvas e nem por isto sou um produto notável. È falsa a afirmação que eu seja determinante sendo eu como seno vivo circulando de quadrante em quadrante e qualquer elemento não vazio pode ver meu sinal. Ontem, ao sair de ¼ fui taxado de descriminante sendo obrigado fazer uma mudança de base. Naquele intervalo acreditei ter o domínio e na mesma seqüência, observei um cateto, cuja imagem não parecia real. O tal cateto formava um ângulo e na medida em que eu dizia decimais, ele em seu ponto afirmava que era oposto a uma criatura cujo nome era Hipotenusa. Permutei algumas coisas fiz certos arranjos e senti quer mudei de expressão. Querida: juro 100% que se não tivesse potencia tinha mesmo saindo pela tangente ou quem sabe reduzido a uma simples fração ordinária. Con6são: em minha contagem tais elementos devem possuir um fator comum e necessito colocá-lo em evidência. Devo alinhar os pontos seguindo determinada proporção para não ser chamado de elemento neutro. Ah! Ia esquecendo: esses elementos dos quais te falei são Reais e por esta razão prefiro levá-lo em conta. Aceite os comprimentos integral e diferencial deste que muito te ama.

Cosseno de “X”
 
CARTA DE DE UM MATEMATICO (ZÉ POLINÕMIO)

CANTIGAS

 
CANTIGAS (Zé Polinômio)

Meu coração bate fraco
Bate bem devagarzinho
Não é doença nem nada
É só falta de carinho

Se teu beijo tem veneno
Quero dele morrer.
Morrendo assim em teus braços
A morte não vai doer

Vem dar-me um beijinho
Que minha dor ameniza
Teu beijo é medicamento
Que meu coração precisa

Se me deres um beijo
Nada mais sinto doer
Meu coração moribundo
Mais forte passa bater

Chegastes cheias de amor
E alojastes em meu peito
Se teu amor é tão bom
Porque me dói desse jeito?

O amor e a saudade
Não são coisas diferentes
O amor nós faz sofrer
E a saudade dois dói na gente

Fiquei feliz em beijá-la
Mas logo fiquei tristonho
É que estava dormindo
E contigo tive um sonho

Ninguém vive tão só
Como sempre se pregoa
Pois sempre resta a saudade
Que nossa alma magoa

Tentei fugir da saudade
Que com o tempo chegou
Sair daqui por uns tempos
E com o tempo ela me achou
 
CANTIGAS

INDECISÃO (ZE POLINOMIO)

 
INDECISÃO (Zé Polinômio)

Ouvi gritos, não sei se de dor
Senti fome, não se de amor
Senti amor, não sei se por te

Ouvi gargalhadas não sei se de mim
Senti o começo como se fosse o fim
Senti o fim sem saber por quê

Ouvi promessa, não sei se de amor
Senti medo, quando veio a dor
Senti a dor como se fosse em mim

Ouvi conselhos não se pro bem
Senti que amava sem saber a quem
Sentei-me na estrada como se esperasse alguém

Ouvi choros sem saber por quê
Senti a mão que não pude ver
Ouvi teus passos sem que eu pudesse vê-la
Senti teu corpo sem que eu pudesse tê-la
 
INDECISÃO (ZE POLINOMIO)

CÚMPLICE DO PRAZER

 
CúMPLICE DO PRAZER (ZE POLINÔMIO)

Teu ósculo envenenado
Contamina minha alma
Olhar sedutor que me abocanha
E faz-me perder a calma

Que volúpia é tua?
E esse rosto angelical?
Embelezando a rua

Cheiro de mulher que carboniza meus tecidos
Entretanto, quero saciar teu corpo
Sentir-me embevecido.
Tira-me a derradeira força
Deixa-me esparramado e morto.

Vem ao encontro de meus afagos
Ser dona de minha alma.

Depois de tudo
Quando já estiver cansado
Fitarei teu corpo desnudo
Sentirei tua respiração
Minha felicidade sentirá
E, depois do cansaço recomeçaremos
 
CÚMPLICE DO PRAZER

SER FELIZ (ZÉ POLINOMIO)

 
Feliz não sou eu.
É quem não nasceu.
Feliz é o tempo
Que até hoje viveu.

Feliz é o santo.
Só porque é santo.
Feliz é quem morre
Pois acaba o pranto

Quem chora de felicidade mente
Ou então não sente.
Chora-se por amor:
Por que amar as vezes dói.
E se dói então não é felicidade.
Então feliz é quem não ama.
Quem não é coisa alguma
Porque não sendo nada não existe.
Se não existe não chora.

Ser feliz...
O que é mesmo ser feliz?
Diga-me.

Ser feliz: Disse-me o homem
É ter "um nada"
Que seja bem maior que o mundo
Então ser feliz não é ter muito.
Meu camarada.
É ter nada.
 
SER FELIZ (ZÉ POLINOMIO)

POESIA DE UM MATEMATICO

 
POESIA DE UM MATEMATICO (ZÉ POLIÕMIO)

Ao ver tua expressão radical
Senti-me um quadrado
È como se eu fosse um elemento neutro
Sem base, sem potencia e sem exponencial

Tracei muitas linhas e diagramas
100 a intenção de ser determinante
Queria apenas vê-la em evidencia
E você 60 ao meu lado
E acha que não tenho potencia

Tudo isso é sinal negativo
E não faz parte do x-tema
Nem precisa traçar paralela
Nem tese e nem formar teorema

70 por todo ½ ser produto notável
60 ao meu lado olhando por outro prisma
Com diferença impar a abrangente
Nada você soma e nada faz conta
Para você sou um descriminante
Que sempre sai pela tangente

Acho que tens razão. Sou mesmo um 10contente
E quociente de tais contas
Não tenho raiz e não tenho nada
Sou um elemento vazio
Sem limite e sem derivada
 
POESIA DE UM MATEMATICO

FUGA (ZÉ POLINÕMIO)

 
FUGA (Zé Polinômio)

Não choro, não falo e não canto
A solidão ri de mim com gestos obscenos
As paredes me cercam (são quatro)
Estão armadas. (com concreto armado)
A fala não sai.
O choro não vem.
Nesta noite pretendo fugir pra São Luis;
Embora saiba que lá a poesia casou-se
E que o ultimo poeta enforcou-se.
Mas disseram-me que ainda resta o mar
E meu coração pintado de azulejos

O choro que prometeu vir
Não veio.
E o riso? Nada. (no mar de São Luís)
E a solidão? Continua a debochar de mim.
O silencio é tão silencio
Que não me deixa falar do presente
Sei apenas que existe
É real como essa luz
E como essa dor que persiste
Fugirei ainda nesta noite
Depois de subornar as paredes
E denunciar a solidão
 
FUGA (ZÉ POLINÕMIO)

EXISTÊNCIA (ZÉ POLINÕMIO)

 
EXISTÊNCIA

(ZÉ POLINÔMIO)

Não sou o ponto de partida.
Nem a referência da vida.
Sou apenas um transeunte do universo
Que pensa de seu modo.
Direto ou inverso.

Não sou o centro das atenções.
Nem o motivo das paixões.
Sou apenas um vulto da estrada.
Que às vezes é luz
Que às vezes é nada.

Não sou o homem que imaginas
Nem sigo as regras que ensinas.
Sou apenas a verdade crua
Que às vezes é a minha
Que às vezes é a sua.

Não sou o rumo da estrada.
Nem sou o herói de nada.
Sou apenas conselheiro
Que aconselha a si mesmo
Quando se mira ao espelho

Não sou o núcleo do poder
Nem o herói do saber.
Sou apenas eterno aprendiz
Das verdades e das mentiras
Que essa vida sempre diz.

Não sou a tal palavra que ensina.
Nem a que determina
Sou apenas eu mesmo.
Que às vezes sabe o caminho.
Que às vezes anda a esmo.

Não sou a felicidade completa.
Nem a alegria repleta.
Sou apenas de tal sorte
Que cada dia que passa
Mais se aproxima da morte.
 
EXISTÊNCIA (ZÉ POLINÕMIO)

ERREI ( ZÉ POLINOMIO)

 
ERREI (ZÉ POLINOMIO)

Errei quando te amei
É rei quem te ama agora.
Nunca fui rei, talvez por isso errei.

Hoje nosso amor é rio de nada.
Por ele eu choro, canto e rio.
Desse amor de nada

Neste rio que passo, eu rio.
Quando tu nada.
Deixastes-me... Apenas.

Lugares dentro e fora de mim.
Que vais alugares para essa dor morar
Depois sorrirás de mim.
Zombaras da minha dor
E, então dirás que errei.
E ainda, juraras que é Rei aquele que amas!
 
ERREI ( ZÉ POLINOMIO)

BÊBADO DE SÃO LUIS (ZÉ POLINOMIO)

 
Bêbado, onde está teu brilho?
Tua esperança onde está?
Na Rua no Norte, na Rua dos Afogados?
Como estás afogado... Bêbado!
Tu, que faz ponto na Rua 28
Que embriagado achas que faz coito
Coitado...!
Tua mulher onde está? Teu emprego perdeu?
Não percebes que em cada cálice engoles um sonho
Teus sonhos bêbado, onde estão teus sonhos?
Por que bebes tanto?
Será de alegria ou será pra enxugar teu pranto?
Como? Se não chora? Cantas de bêbado na Rua da Alegria
Que tristeza...!
Onde moras? No Portinho? No Lira?
Como é teu nome? Tens família?
Fala bêbado! Tu és surdo ou qualira?
Não notastes que bebestes os dias, as horas, os minutos,
Tua derradeira esperança?
E o bêbado inerte na sarjeta imunda
Trajes rasgados, rasgado a alma rasgado a bunda
Queria ser doutor, não era?
Já sei: bebes por emoção. Como? Se não cantas uma só canção
Assim como fazem os poetas.
Compreendo: bebes de frustração
Por não ser doutor, por não ser poeta, por não ser feliz,
Por não ser soldado
Ou por ter nascido na rua dos veados.
 
BÊBADO DE SÃO LUIS (ZÉ POLINOMIO)