Sonetos : 

«« Vaidade ««

 
Na ponta da faca afiada a frieza
Escorre num misto de vaidade crua
Por onde desliza esta incerteza
De que a mente é mulher nua

Que corre com estranha e subtil leveza
Embrenha-se airosa pelos meandros da lua
Leva a água ao monte e à profundeza
Das cavernas mais inóspitas tal grua

Que eleva o que penso e te quero dizer
Num acto tresloucado de ignóbil poeta
Que se olha mas sabe reconhecer

Que numa ponta de faca afiada
Desliza a palavra liberdade, ali a moer
Está estática a vaidade aldrabada


Antónia Ruivo.Open in new window


Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...

 
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Antónia Ruivo
 
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Enviado por Tópico
Julio Saraiva
Publicado: 04/11/2010 11:48  Atualizado: 04/11/2010 11:48
Colaborador
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Mensagens: 4206
 Re: «« Vaidade ««p/antónia
vai escrever bem na puta que pariu.lindo soneto. afiado como faca de bom corte.

beijo.

j.



Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 05/11/2010 08:18  Atualizado: 05/11/2010 08:18
 Re: «« Vaidade ««
Adorei este soneto! Sinceros parabens e deixo-lhe beijos!