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Estrela Cadente

 
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Estrela Cadente

Fitaste o firmamento e rindo
gritaste apenas por gritar
lembrei a demência do mar sobre o rochedo
as duras intempéries dos negros segredos
as juras de amor e caricias
as ondas do mar.

Perdi-me então neste instante
na fúria disforme fatal
na noite infinita da lua dourada
brilhando vazia na longa madrugada
eu e teu grito tocante
rictos de algo mortal.

Toquei o teu corpo suado e marcado
como onda que se esvai
na escuridão da face oculta da lua
eu mordo os teus lábios na boca tua
vermelhos e inchados
na loucura que vem e vai

E se vai nas lacunas fortuitas do tempo
eu te quero tanto bem
vejo o teu mundo tão dilacerado
por algozes de dentes arreganhados
dilaceram a mim também.

Mas quando a luz de uma estrela cadente
luminosos rastros a brilhar
cruzarem a imensidão deste céu de aquarela
estará junto a mim a vontade singela
de sempre em teus braços estar.
Alexandre

 
Autor
montalvan
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Enviado por Tópico
Odairjsilva
Publicado: 02/04/2014 19:11  Atualizado: 02/04/2014 19:11
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 Re: Estrela Cadente
Um belo poema nobre colega. Gostei de ler.