A madame da noite desperta
E exala adocicados perfumes.
Pirilampos cintilam seus lumes
Com esverdeados sinais de alerta.
Num canto qualquer uma perereca
Saltita feliz entre as vitórias-régias.
Lá longe se ouve o grasnar da marreca
A procurar por seu filhotinho sapeca.
O rio serpenteia entre flores e folhas.
Maritacas quebram a mudez da floresta.
Morcegos velozes se fartam e fazem festa
Enquanto peixinhos soltam pequenas bolhas.
A noite tem sua beleza própria e velada.
O céu num negrume pontilhado de estrelas.
Porém não são todos que querem vê-las...
Cai a noite serena varando toda madrugada.
Gyl Ferrys