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Gritos

 


Gritos lancinantes
Ecoando na noite.
São meus olhos
Que não conseguem
Ficar em silêncio
Diante da sua ausência.
São meus olhos
Que não seguram
O anseio dos meus lábios
O tremor das minhas mãos
Desejando com volúpia
Tocar sua morna pele,
Beijar os seus olhos verdes,
não deixá-la ficar em silêncio,
transparecer na respiração,
ofegante, inquieta,
nos seios arfantes
aquelas palavras que eu queria ouvir
e que seus lábios não dizem.
O céu não está longe,
Os carinhos não estão perdidos
E as palavras não morreram
Neste turbilhão de ilusões
Que bailam, ondeiam e vão
mas nunca fogem,
deixando-se ficar em meu peito,
à espera de uma palavra sua.


De arrebatada figura,
sou altivo, sou forte,
não carrego lutos e mágoas,
até um dia enganei a morte,
na sua faina de colher almas
e renasci.

 
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Warmien
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 10/10/2014 20:33  Atualizado: 10/10/2014 20:33
 Re: Gritos
Ah um poema forte Warmien entre "Gritos" que saem da alma e compõem um belo poema enlaçado em mil desejos.
Bem conseguido.
bj

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 10/10/2014 22:57  Atualizado: 10/10/2014 22:57
 Re: Gritos
Gritos em ecos que se perde no desejo da desilusão onde se fogem da solidão, as ilusões dos lábios que se beijam em silêncio