Crónicas : 

Nostalgia

 




Peço encarecidas desculpas aos senhores e senhoras. Não sabia que o início do outono iria ser dessa maneira, assim sem trazer a quantidade de chuvas necessárias e esperadas. Estava frio e reclamava tanto do cinza que a colza acabou ficando no fundo do estojo de maquiagem. Este, por sua vez, ficou no funda da Louis Vuitton, entre céu roxo e pés de chumbo lastreados no raso da Catarina. Não sei se pode se comportar como uma dama na sala. Ao menos na sala de espera já que solicitei ao garçom que trouxesse canapés de repolho ao aceto balsâmico.
Será que o carro que transporta os sacos com os cadáveres do carro do morgue tem fecho éclair? Carregar cevada e outros cereais dessa forma pode parecer até anti-higiênico. Todo mundo sabe dos perigos da contaminação quando as rodas em movimento transmitem torque. Facetas do momento binário de assistência podem obrigar os mais incautos a saltarem do veículo em movimento quando recebem o carimbo da censura.
Então, fica visível a incômoda verdade. Escrachada e nua verdade, fica evidente que quanto mais se tem a fazer, menos pode ser feito sem um carrinho de tração animal. Sem ponderar se um cavalo é mais simples que os cães do trenó. Esperando a mão direita fazer como fazem as outras, é como você sempre diz: é louco, é pouco. É mouco. Jamais removerá as manchas assim. Ferrugem não dissolve na água fria já que quando muitas vezes parece estar rebelde soam apenas injúrias e só. Eles se separaram. É o que eu posso contar sem quebrar meus juramentos, nem profanar meus votos. E sabem bem que essa coisa de eleição é séria mesmo.


 
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FilamposKanoziro
 
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