Sonetos : 

Espírito fartado amor à Coisas Naturais jamais nega

 






Temo não poder mais reconhecer, um dia – hora nefasta-
um só Autóctone disposto, pelo próprio Pais, a dar a Vida;
Berço gentil, derradeiro Abrigo da ufanosa Prole tão vasta,
cortada pelo sol do Oriente ao Ocidente, Terra Mãe querida.

Oro para não se apartem, nem um átimo, zelosa é a Lida,
de puro, acautelarem o Trigo, não assentindo joio nas mós;
atentos da essência, os lagares à transparência produzida,
o Sustento, altivos, vem desde parto da Terra de todos nós.

Tantos se deixam avassalar por anélito de posses fungíveis,
como se dimanar na Honra, pudessem os panos e adereços;
portar caras joias não coaduna ter os passos Incorruptíveis.

Aquele que labuta faina diuturna, manipulando destro a sega,
desde o nascer do Sol, até o Ocaso, no Poente sem tropeços;
Espírito fartado – esse, Amor às Coisas Naturais jamais nega.


 
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smerdilov
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