Poemas : 

prisioneiro da mente

 
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O prisioneiro da mente
sendo honrado nas palavras mil linhas
não me contém,
expressar meus sentimentos sozinho sem ninguém.
onde companhias
sobre o eco do silêncio do nada,
entre o suspiro da solidão
e a frieza da madrugada.

atordoada infelicidade
amarga no sonho
de um triste poeta ,
dentro de uma prisão
sem grades.
Ah! que sentimentos formulamos?
- se existe amor em todos os caminhos não carecem mensagens
que pouco amamos.

paixão passa longe,
como a um inimigo,
- lembranças a minha porta na noite do suplício.
comtemplo tristemente,
das janelas desta prisão...
o castigo de uma alma
que desafia o coração.

E o som da liberdade
na sintonia de multidões
seja que aproximadamente,
liberdade para o solitário poeta
prisioneiro da mente.

(jerenino)



O amor é chave que
abre muitas Portas.
Enquanto ele existir
Existirá a chance do
Poeta sorrir


 
Autor
Jerenino
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Enviado por Tópico
Upanhaca
Publicado: 26/11/2016 01:38  Atualizado: 26/11/2016 01:38
Usuário desde: 21/01/2015
Localidade: Lisboa/loures
Mensagens: 8305
 Re: prisioneiro da mente
É claro, amigo Jerenino, viver solitário dói a alma, é preciso soltar a mente prisioneira em plena liberdade e arranjar companhia que nos tire da solidão.

Lindo poema, adorei-parabéns poeta.

Abraço!
upanhaca


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 26/11/2016 20:12  Atualizado: 26/11/2016 20:12
 Re: prisioneiro da mente
olá Jerenino,

este poema... gostei de ler mas... o verdadeiro poeta não é escravo de coisa nenhuma. é acima de tudo uma alma livre. livre e pluralista

e já agora, às vezes mais vale só que mal acompanhado.

obrigado.. abraço


Enviado por Tópico
Ro_
Publicado: 28/11/2016 17:29  Atualizado: 28/11/2016 17:29
Membro de honra
Usuário desde: 25/09/2009
Localidade: Brasil
Mensagens: 3985
 Re: prisioneiro da mente

Eu adorei ler, menino querido!
Um beijinho!

*-*


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 28/11/2016 17:33  Atualizado: 28/11/2016 17:33
 Re: prisioneiro da mente
Os Amantes com Casa
Andavam pela casa amando-se
no chão e contra as paredes.
Respiravam exaustos como se tivessem
nascido da terra
de dentro das sementeiras.
Beijavam-se magoados
até se magoarem mais.
Um no outro eram prisioneiros um do outro
e livres libertavam-se
para a vida e para o amor.
Vivendo a própria morte
voltavam a andar pela casa amando-se
no chão e contra as paredes.
Então era a música, como se
cada corpo atravessasse o outro corpo
e recebesse dele nova presença, agora
serena e mais pobre mas avidamente rica
por essa pobreza.
A nudez corria-lhes pelas mãos
e chegava aonde tudo é branco e firme.
Aquele fogo de carne
era a carne do amor,
era o fogo do amor,
o fogo de arder amando-se e por toda a casa,
contra as paredes, no chão.
Se mais não pressentissem bastaria
aquela linguagem de falar tocando-se
como dormem as aves.
E os olhos gastos
por amor de olhar,
por olhar o amor.
E no chão
contra as paredes se amaram e
pela casa andavam como
se dentro das sementeiras respirassem.
Prisioneiros libertados, um
no outro eram livres
e para a vida e para o amor se beijaram
magoando-se mais, até ficarem magoados.
E uma presença rica,
agora nova e mais serena,
avidamente recebeu a música que atravessou de
um corpo a outro corpo
chegando às mãos
onde toda a nudez é branca e firme.
Com uma carne de fogo,
incarnando o amor,
incarnando o fogo,
contra o chão das paredes se amaram
pressentindo que
andando pela casa bastaria tocarem-se
para ficarem dormindo
como acordam as aves.

Joaquim Pessoa





Enviado por Tópico
RoqueSilveira
Publicado: 28/11/2016 19:36  Atualizado: 28/11/2016 19:36
Membro de honra
Usuário desde: 31/03/2008
Localidade: Braga
Mensagens: 8104
 Re: prisioneiro da mente
poema que parece escrito na água que corre; gostei imenso.
parabéns jerenino