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Danças

 
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Ao me lembrar dos bailinhos no tempo de moço,
Eu viajo ao passado naquelas noites de alegria,
Pois sempre aos sábados havia festas nas fazendas,
Eu dançava com a Rosinha até no clarear do dia.

Hoje só resta a saudade do bom tempo que se foi
A lembrança da barraca enfeitada de bandeirinhas.
O chá de cravo e canela que se tomava a meia noite
E pra pagar o sanfoneiro, tinha a dança das fitinhas.

Mas tudo na vida passa e quase tudo perde a graça
Hoje eu vejo as danças que se pratica nos salões,
O respeito passa longe nestas danças do presente.

Hoje o jeito dos jovens dançarem é muito diferente,
Não é como antigamente que era tudo brincadeira,
Não se pensava em besteira, os passos eram decentes.

Maringá, 29.04.08

Eu tenho essa mania de achar que o que era feito no passado era melhor do que é feito hoje. Tudo cascata.



verde

 
Autor
João Marino Delize
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 29/04/2008 20:41  Atualizado: 29/04/2008 20:41
 Re: Danças
Não será um soneto canónico de rima mas é um belo poema, fluído e de de temática agradável. parabéns. Abraço

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 29/04/2008 21:54  Atualizado: 29/04/2008 21:54
 Re: Danças
João,
Minhas incursões ao interior quando menina e jovem eram para o sítio de meus avós maternos.Havia - e ainda há em algumas cidades pequenas - toda essa magia que transpuseste em versos nesse poema.
Ah,poema bucólico e agradável!...
Bjins, Betha.