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POEMA DAS PÉTALAS 24/03/2016

 
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POEMA DAS PÉTALAS 24/03/2016
 

No primeiro dia do outono
quando o sol ia se pondo.
Na rua o vento contido
entre as paredes dos prédios
se fazia arredio.

Pôs se a dançar invisível
na valsa do solo
que procura o frio.
Rodava em círculos concêntricos
em seu dançar excêntrico.

E sozinho valsava
sem que ninguém o visse
e a sua felicidade se fez prece
no desejo de companhia.

No caminho de uma mulher
que se deu por passagem
ali naquela hora,
outro enamorado
cedeu lhe uma chuva de pétalas
vermelhas como deve ser
a cor do amor.

A dama se foi sorrindo
e do intento desse enamorado
após findo.

Restou em espólios
espalhadas pelo chão
o que já foram rosas
e agora eram sobras.

O vento em seu caminho,
naquele momento
tirou para dançar
quem já se achava no lixo.

E nos caminhos concêntricos
onde os pensamentos
transformam-se em sentimentos.
Ficaram na memória
a poesia do carinho
e da sua momentânea glória.

Como o flutuar de pétalas no ar
vermelhas como amor
que se puseram a rodopiar
em um final de tarde
de um primeiro dia de outono.

Tornou-se mais uma memória
guardada para sempre
em sua maneira terna
da forma mais etérea.

Um presente em poesia
homenagem aos lembrados
que se fizeram ausentes.

Dante Locatelli

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Locateli
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