Sorrisos

O meu aplauso vai para o último verso, um aforismo, sem tirar nem pôr.
Aliás, o meu aplauso vai para todo o poema.

Há muito que referir sobre sorrisos.
Até que ponto os sorrisos forçados, que desbloqueiam uma situação de conflito, ou "quebram o gelo" num momento desconfortável, que chamamos de falsos, serão, ou não, negativos?

Podemos elogiar mais os que são espontâneos e naturais.
Em vez de concordar, não vou discordar.

Contudo, o poema vai para além destas divagações morais.

O primeiro verso fez-me pensar automaticamente na Mona Lisa de Leonardo DaVinci.
Se taparmos os lábios e deixarmos apenas os olhos, ainda assim, ela sorri.

Neste olhar que não sorri, mais nenhuma parte do Homem o faz.
Há algo que se perde. Um Bom que se vai. Uma nova. Uma esperança, talvez, também.

Um poema de Sorrisos, mas, ao contrário.

Sorriso para ti, Alma

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"os olhos perderam os Sorrisos."

...e me lembrei dos versos finais dum samba meu que diz:

Somos sorrir
E só sorrir é o que se quer
Enquanto fores a Mulher
Que eu vi dum sonho emergir

...quando se canta a alma sorri;

"o esboço dos lábios é uma estrada a direito que os olhos rejeitam."

Meu abraço caRIOca!

Gostei da leitura,
Coisas da alma.
Sorrisos :) (fazem falta)