Poemas : 

Por que não? (121ª Poesia de um Canalha)

 
Deixas-me assim o teu amor anti-inflamatório
Sem dó deste rosto que o tempo deixou gasto
E amaciou com essa mão num estranho gesto
De meio abraço atrevido em descanso inglório
Que de pouco muito se fez tal passado incasto
Onde a soma de todas as paixões era protesto

É filho do mundo o verso que escrevia a gosto
Nesta raça que lê basta no sonho de um justo
E solta a raiva numa tenra idade de puberdade
Jorra de outra fonte o verbo de um rei deposto
O poema livre do poeta cativo de olhar adusto
Que escondo assim em mim por louca vaidade

Desfilo nu o livro duma silhueta ainda estreita
Que deixa a fome alimentar-se da quimera vã
Carícia a carícia treme com vagidos de prazer
Aquele beijo com sabor a limão da boca eleita
Deitada noutro abraço atrevido a maldita vilã
Noutro sentir envergonhado difícil de o conter


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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