Entre os ecos perdidos nas paredes
raízes rasgam brechas na pedra
e uma flor encontra o caminho da luz.
Aqui
onde o mundo desacelera
o tempo cruza ramos distantes
e o vento é sílaba insubmissa
a desenhar na pele murmúrios de silêncio.
As árvores revelam histórias antigas
na força nova onde as aves fazem morada
e a voz que busca a palavra
escreve o poema
como quem acende uma luz na penumbra
um último brilho
antes de partir.