Será eterna a noite em que partiste,
Cais de estiva, d’amor e despedida,
Aconchegada ao teu mundo sem vida,
Quiseste, choraste e depois sorriste.
E tomaste essa rota indefinida,
Desfraldaste as velas ao vento e viste,
Ao raiante sol que tanto pediste,
Abutres sobre a terra prometida.
Então tudo chamaste ao pensamento,
Tudo quiseste inverter sem demora,
Sem distinguires entre ti e nada…
Abrigada à deriva do relento,
No fugaz momento da tua hora,
Lembraste a mão que não quiseste dada.
21 de Outubro de 2007