Tu és um pedaço de nostalgia,
O ritmo que anima a monotonia,
O calor devolvido à terra fria,
A linha da boca que não sorria.
Foste tu manhã quando entardecia,
Madrugada na noite que morria,
Pessoa sem rosto que aparecia,
Não quando sonhava, quando dormia.
Nada há mais que tu possas vir a ser,
Nunca te vi nem quero vir a ver,
Ter-te comigo é somente morrer…
O teu verbo é só um: desaparecer;
Não duvido entre ter e não te ter,
Porque só tu me fazes renascer.
07 de Março de 2011