Luso-Poemas
Sonetos : 

Tragando a dor no cálice dum verso

 
Tragando a dor no cálice dum verso,
Lá enxerga o poeta dentre os mortais,
Esse inimigo das coisas banais,
Vivendo em si tudo e o seu inverso.

Como as rugas nos risos dos arrais,
Canta-se a alegria no seu reverso,
Com um lugar cativo no universo,
Para voraz repasto dos chacais.

Quando assim não o chamam, é o louco
Que vem à boca das gentes ingratas,
Também elas da cova candidatas…

Esse pulsar da ida as torna sensatas,
E são já pobres almas num sufoco,
Pedindo-lhe perdão num grito rouco.

21 de Junho de 2009

 
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ViriatoSamora
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Que nunca me falhe a dor, minha musa
Sim, li, nunca mo disseste por medo
Tragando a dor no cálice dum verso
Vento que não te vejo, mas te sinto
Fui visitar-te no prado florido
Aleatórios
Sobre este chão mil vezes pelejado
Na esperança ténue, fugidia
Ao crepúsculo da aurora nasci
Quando Abril se fina em pranto, sorrio
Sim, li, nunca mo disseste por medo
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Enviado por Tópico
AlexandreCosta
Publicado: 01/07/2025 15:23  Atualizado: 01/07/2025 15:23
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Usuário desde: 06/05/2024
Localidade: Braga
Mensagens: 944
 Re: Tragando a dor no cálice dum verso
Excelente soneto, caro Viriato!

todos têm lugar cativo na cova, sem excepção, então loucos são os que pensam que escapam!

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