Regressei ao teu ventre paternal,
Ao teu calor que só tu brotas aí e
queres dar-me, sem haver outro igual,
Nos pedaços do mundo que já vi.
Sopras-me um pulsar místico e brutal,
Entras-me pelas veias que te abri,
Dás-me vida de Natal a Natal,
Sempre que não estou, estás aqui.
Tens os cheiros das trevas que te benzem,
Os aromas das serranias altas,
Donde te vejo e admiro única em graça…
Tomas-me as agruras que em mim se vencem,
Rasgas-te em sorrisos às minhas faltas,
E assim renasço a cada ano que passa.
05 de Junho de 2010