Sonetos : 

Jazia insepulta em a laje fria

 
Jazia insepulta em a laje fria,
Minha alma cruelmente assassinada;
Prostrada no corpo da pedra ia
Lançar-se ao fim do mundo, desvairada.

Foi quando um anjo fêmea a mão pia,
Lançou âncora ao vazio, ao nada,
Fez-me des-sentir a dor que sentia,
Dizendo-me Sê! Que estás perdoada...

E naquele momento sapiente,
Que nenhum poeta saberá cantar,
Um só pensamento veio à mente:

Vai a gangrena da alma a enterrar,
Nas profundezas do peito dormente,
Que a voz do estertor grita mais amar!

19 de Fevereiro de 2001

 
Autor
ViriatoSamora
 
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