Sonetos : 

A tormenta dos blocos de cimento

 
A tormenta dos blocos de cimento,
Graníticos pensamentos obtusos,
A dor recrudescendo num portento,
E o escuro dando caminhos escusos.

Assim falam os costumeiros usos,
Trespassando os tempos com fogo lento,
Esbulhando o peito incertos intrusos,
No ganho incessante do esquecimento.

Essa fala que afaga, todavia,
Corroída pela sua hipocrisia,
Sofreu uma apoplexia e tremeu…

Calou-se para sempre a melodia,
Tão presente e não mais apareceu,
Será que vive ou será que morreu?

22 de Janeiro de 2011

 
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ViriatoSamora
 
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