A saudade de quem já não existe,
É uma baioneta enraivecida,
Pelas batalhas constantes da vida,
Apontada ao peito submisso e triste.
Um belicoso afago que persiste,
Ou uma voz que se ouve esmorecida,
Mas o bastante para ser querida,
A antítese de que não se desiste.
Seja um fruto que nunca amadurece,
Vive para sempre, não apodrece,
Intemporal, vivendo da memória…
Em toda a saudade mora uma história,
Pode ser complexa ou assim simplória,
Será o que for, mas nunca se esquece.
09 de Fevereiro de 2011