Sonetos : 

A voz que clama assertiva e me chama

 
A voz que clama assertiva e me chama,
Sem que a oiça, num descrer desmedido,
Leva-me ao desespero sem sentido,
Prega no epitáfio a minha chama.

O tempo, cavaleiro desabrido,
A pele engelha a alma que se derrama,
Pelas órbitas de quem tanto te ama,
Cobarde e triste, mas nunca vencido.

Desossado, inútil, vou-me chegando,
Para lá desse lugar que não existe,
Sob o pensamento e a escuridão…

É mais um poema em que digo cantando,
O que em mim não verás, não vês, nem viste,
Porque amado sou pela solidão.

14 de Dezembro de 2019


Viriato Samora

 
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ViriatoSamora
 
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