Sonetos : 

Numa interrupção dos meus devaneios

 
Numa interrupção dos meus devaneios,
Enxertando a esmo pequenos paraísos,
Desbravando o caminho ao som de guizos,
Correm as crianças sem qualquer freio.

Soltam flechas vitais dos seus sorrisos,
Zombam das tristezas nos seus torneios,
Corpos meio vazios de alma cheios,
São perfeitos adultos imprecisos.

E eu deixo-os mexer nos livros antigos,
Nas colecções, nos velhos soldadinhos,
Para que respirem o ar que me inspira…

Sem me contarem, esses meus amigos,
Bracejando, parecendo estorninhos,
Mostram-me a vida, essa que sempre admiro.

18 de Fevereiro de 2011

 
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ViriatoSamora
 
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