Sonetos : 

Há tanto tempo que para aqui estou

 
Há tanto tempo que para aqui estou,
Perdido com a minha solidão,
De ombros curvados, a um palmo do chão,
Que já nem sei quem fui, menos quem sou.

Afinal é só mais um meu serão,
O meu sarau que ninguém visitou,
Talvez porque ninguém se convidou,
Com a certeza de não ouvir não.

É tão fácil a culpa que se imputa,
Nada mais é a vida senão luta,
Injustiça e traição, desesperança…

Mas eu, bicho, acoitado nesta gruta,
Lá fora a tormenta, aqui a bonança,
Versejando consigo ser criança.

02 de Março de 2011

 
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ViriatoSamora
 
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