Luso-Poemas
Sonetos : 

Têm o gosto das brasas, são ferventes

 
Têm o gosto das brasas, são ferventes,
Derretem os céus que do alto os espiam,
Lábios e línguas insolentes,
Dados à noite e ao ócio dos dias.

Cavalgam possessos por entre os dentes,
Com ruídos que as paixões humedeciam,
Despedindo-os já em todas as frentes,
Bocas tristes que em esgares sorriam.

São os beijos, os lacres dos amantes,
Estampidos do prazer, triunfantes,
Pedidos, roubados, fingidos, dados…

Os melhores guardam-se nas estantes,
Dentro de livros não lidos, fechados,
E em cartas de amores desencontrados.

05 de Setembro de 2011

Viriato Samora

 
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Têm o gosto das brasas, são ferventes
A solidão ecoa nesta sala
Passa da meia-noite e não há voz
Ao calor do Verão, calor ardente
Hoje é o dia de todos os dias
Aleatórios
Estrela brilhante, cadente e viva
Cego e crente na descrença de tudo
A praia é dos amantes corrompidos
Sentado à palerma um parvo careca
Cantaram-te já todas as colinas
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Enviado por Tópico
namastibet
Publicado: 23/10/2025 15:56  Atualizado: 23/10/2025 17:44
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 Não sendo águas





Não sendo águas,
São fontes vivas,
Sons audíveis,

Saudosos montes,
Amantes descalços,
Terras de conto,

E eu recolho a casa,
Naquele palácio morto
Que não meu,

Nem meu é outro,
Vento e céu,
Idas coisas,

Perenes vidas,
Perecidas águas
Não sendo mágoas,

São vivas as fontes,
Fontes de vida,
Audíveis sons.

J.S.

(com provis. apagarei breve)

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