Quem és tu, sentimento? Donde vens,
Pela berma, ao arrepio da mente,
De mansinho, que logo não se sente,
Trazes os males dentro dos teus bens.
Desces como a noite, acordas os cães,
Sempre assim foi, será eternamente,
Digo-o eu que estou louco, de ti doente,
Mas num golpe te digo: aqui me tens!
Tu que foste bom e me deste o riso,
Bem-estar em pedaços de alegria,
Sem nada ter suplicado ou pedido…
Tudo roubas, num assomo impreciso
E espúrio, deixas a nostalgia,
Dum ser querido antes de ter morrido.
12 de Agosto de 2013
Viriato Samora