Sonetos : 

Ao calor do Verão, calor ardente

 
Ao calor do Verão, calor ardente,
Onde te encontro, pensamento alado?
Sob a copa das árvores, deitado?
Diz-me porque me foges, simplesmente.

Já te vi morto e frio, de tão doente,
E tu a mim louco e desesperado,
Rimos e ignoramo-nos no passado,
Quando deixei de ser para ti gente.

Escuta. Estou aqui de olhos fechados,
Não morto, apenas comendo umas uvas,
Chama-me. Precisamos de falar…

Apertemos as mãos, sem punhos cerrados,
Façamo-lo antes da vinda das chuvas,
Onde estou? Ao sol, que me há-de matar.

11 de Agosto de 2011


Viriato Samora

 
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ViriatoSamora
 
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