Sonetos : 

Metade do tempo que prometeste

 
Metade do tempo que prometeste,
Corrido brusco em garupas de bala,
Metade do tempo e não concebeste,
Ser viva a alma que escreve e não se cala.

Metade do tempo, já te esqueceste?
Ouvi-te, eu cambaleante, a entoá-la,
Nos tempos em que viva me morreste,
E vívida a promessa em tua fala.

E agora, envelhecido pela dor,
Tão grande e forte que me tem sustido,
Metade já foi, metade verei…

Essa dor que trago como um licor,
Me embriaga sem nunca ter bebido,
Por ela e com ela amanhecerei.

07 de Novembro de 2015


Viriato Samora

 
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ViriatoSamora
 
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