Viriato, por onde andas, amigo?
Desapareceu na tua presença,
A luz que tu foste no meu abrigo,
Viriato, é tão grande a dor imensa!
Que dói tanto, tanto que já não ligo,
Prostrado, em coma, sem nenhuma doença,
Faço-me à estrada por onde não sigo,
Sobre a linha da vida breve e tensa.
Em que braços tua força morreu?
A mim, que te chamo e choro, ilumina-me,
Ou por teu filho que não sou, fulmina-me…
És quem todo o sofrimento venceu,
Sepultando-me criaste o meu eu,
Viriato, pai que não tenho, guia-me!
20 de Abril de 2016
Viriato Samora