Sonetos : 

Disse-me um mensageiro que adoeceste

 
Disse-me um mensageiro que adoeceste,
Como se a flor no prado, enfim, murchasse,
Quase a erva tocando, sem que a agarrasse,
Assim me falou sobre a flor silvestre.

Mas o sol erguendo-se ali, a leste,
Dourando a face, como se a beijasse,
Quente na tua boca, se falasse,
Fez-se em ti como num corpo celeste.

Surgiste, então, esplendorosa e bela,
Ufana à proa duma caravela,
Singrando um mar verde de chão só teu…

E eu captei-te nesta única aguarela,
Pincelei sobre a morte, a doçura, o breu,
Vê tu, mensageiro, a flor renasceu!

06 de Maio de 2022


Viriato Samora

 
Autor
ViriatoSamora
 
Texto
Data
Leituras
7
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.