Sonetos : 

Teus ombros equilibram fragilmente

 
Teus ombros equilibram fragilmente,
O peso da mágoa que magoa,
Terás valor por teu filho inocente,
És tu quem te mata e quem te povoa.

Que apodos tens, como te chama a gente?
Que trovão afinal nos céus ressoa,
Enquanto balanças indiferente,
Teus ombros pelas ruas de Lisboa?

Não falas? Porque não queres dizer,
Que o teu nome apagado do registo,
Foi pura fantasia de teus pais?

Não fales, que um dia alguém irá ler,
A giz debotado no bruto xisto,
Sobre o espectro que foste e não és mais.

24 de Fevereiro de 2011

 
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ViriatoSamora
 
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