Sonetos : 

Se eu cavalgasse no dorso do vento

 
Se eu cavalgasse no dorso do vento,
Desfazendo as massas das atmosferas,
Se eu tomasse por abrigo o relento,
Repartindo a minha alma pelas feras…

Se eu fosse antes da árvore e do rebento,
Se eu fosse o tempo de todas as eras,
Se eu da vida fosse o próprio alento,
Se eu fosse a realidade das quimeras…

Quem tu serias, mais do que és agora?
Objecto dum querer a qualquer hora,
Dédalo de sentir e lucidez?...

Incertas são as contas que deus fez,
Olha para estes olhos que bem vês,
Que te pedem para não ires embora.

30 de Dezembro de 2002

 
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ViriatoSamora
 
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