Diz quem é a tua amada, cidade minha,
Quem contigo acorda e também se deita,
Apartando o rio o que o homem estreita,
Por tua bênção já lhe chamam rainha.
O destino nas eras lá se ajeita,
Se és a espada, aceita-a por tua bainha,
Ela tece a bruma que te adivinha,
Quando vens do mar e a tens à direita.
Já perderam a conta aos cacilheiros,
Disputam amores de marinheiros,
Tem de lazer como de força armada…
E Cristo abraçando barcos inteiros,
Guardando às ninfas a eterna morada,
Por Alá soletra o teu nome: Almada.
04 de Março de 2011