Embebio em respigos de solução etílica
E forçado a permanecer ali até a destruição
Comparo um simples guardanapo ao coração
O qual aparece implorando de forma lírica.
Que hoje tem invisível e fraca pulsação.
Órgão detentor de finda história mítica,
E ao fim receberá esta palavra analítica,
Digna e entoada implorando pouca atenção.
Ébrio, desfocado feito um velho retrato
Vejo o filme da vida passando na frente
Da face branca ensopada no meu guardanapo.
Deixei de ser coração, sou um velho trapo
Emoção por mim, sei que ninguém mais sente
Tomo mais um gole de tristeza e me mato.