Quem és?
QUEM ÈS?
Quem és, que desarrumas a que sou?
E não importa se amor não me tens!
Salto muros, desafio os céus,e estou
Triste, triste sempre que não vens.
Tudo sabes da minha intimidade
Pões meu coração ao vento
Morrem por ti meus olhos de saudade
Em cada lágrima minha és lamento.
É contigo que sempre converso
Altas horas, até alvorocer a aurora
Meus sentimentos transformo em verso
Dentro da vida és esperança que aflora.
Quando partir em alegria ou desespero
Quero que venhas comigo deste jeito
Companheira amiga contigo quero
Adormeçer levando-te no meu peito.
À Poesia que vive em mim.
rosafogo
Lágrima e causas
Uma gota salgada,
neste ocenao de mágoa.
Uma trégua, uma régua (passada)
uma folha amassada,
Lágrima,
um maço no fim, escasso,
um soluço sem espaço,
um laço,
um apagar de um traço,
uma negra linha em esfumaço.
um soco no meio do baço,
um distanciar (sem abraço)
um límpido líquido
em que me desfaço,
(e me refaço).
Uma vida,
(triste e amputada)
amargurada.
Uma família distante,
distanciada,
pela diástase assexuada.
Lágrima,
uma página,
(virada)
arrancada,
triste apagada
amassada,
em forma de água
na minha face rasgada
de mágoa,
vermelha, pletórica,
edemaciada.
Melhor água lavada
do meu coração
uma gota no oceano
da desilusão.
Lágrima,
uma álgebra
quebrada,
soma errada,
eu, tu e minha alma calada.
Mas com lágrimas, minhas mágoas, são lavadas com essas águas tristes e salgadas, que serão desaguadas bem no fundo, do oceano do mundo.
Postagem original: http://www.worldartfriends.com/module ... article.php?storyid=11034
“Fim da linha...”. (LUTO)
A viagem tinha destino, só seguir o roteiro.
Curtir a paisagem rumo ao trajeto sonhado
Porem em seu longínquo e confuso mundo
Partiu do trem em movimento aos braços de Deus
O teto, antes aparentemente estável e firme.
De repente são escombros e cacos espalhados
Nos trilhos da inquietação a alma soluça...
Margeando o coração, sangra a ferida aberta.
A dor da perda nos aprisiona os sentidos
Faz-nos impotentes, ata os movimentos.
Ressentidos, queremos de volta o passado.
Num lento e dolorido vôo, burlar o calendário.
Na frustrada tentativa de atrasar o relógio
Só resta o baque insano e o choro côncavo...
Glória Salles
04 setembro 2009
19h36min
Olá, sou filha da Gloria.
Mamãe está com a saúde bem debilitada por conta de alguns problemas emocionais acontecidos ao longo deste mes.
Estamos muito, muito triste, esse soneto não consegue exprimir a dor que estamos sentindo...
Obrigada pelo carinho de todos.
"Homenagem a essa menina tão amada,
que achou que a "viagem" não mais valia a pena,
e pulou do "trem da vida", para os braços de Deus...
Saudades e todo nosso amor ..."
sopro de emoção
bate a chuva, chega a noite
e o vento como açoite
traz a saudade que a abraça
e acorda-lhe a memória,
que a ameaça!
lá acorda emotiva
e lá se encontra com o passado,
dele fica cativa
com o chão que a viu nascer,
ali mesmo ao lado
de coração partido ao meio
e a lágrima já sem água
pergunta ela ao que veio,
se o coração acumula mágoa
este poema não sabe que é esmola
para alguém que padece
nem que o coração consola!
neste dia que anoitece.
assim fica mais um poema
a esconder da chuva e do vento
que foram conjectura do tema
onde a saudade foi sustento.
natalia nuno
dadiva
Sorriso que inspira a luz do sol brilho das estrelas na pupila
Dedos que merecem cada anel de saturno visao da perfeiçao na minha retina
Iris farta de amor e melanina
Labios que me prendem a voce presença que ilumina
Alma rica dadiva divina
Sua luz interior se propaga pelo breu das esquinas
Leva estigmas da vida e o calor da aurora
Menina mulher senhora
Razao da flor que aflora
Lagrima inocente da pequenina menina dos olhos que chora
Forma um oceano de saudade quando vai embora
Lágrima
Sal
que
galga
a face
nasce
na mágoa
água
do
amalgama:
dor
e amor.
Sal
que
amarga,
nasce
morrendo
pela face
defalece
frio
no
vazio,
sem cor.
Água
da vida
que lava
ferida
desbotando
o amor.
Paz para Todos!
Quando penso na paz para o mundo,
logo esqueço de mim.
Meu problema já não é tão grande,
e a minha lágrima já não corre só.
Nada é mais tão meu.
Não é mais o meu sofrimento,
mas sim o sofrimento de todos.
Não é só a minha dor, sentida em meu isolamento.
É uma dor coletiva, entretanto é uma dor que une.
Entendo então, que só unidos, teremos paz.
LÁGRIMAS DE PALHAÇO
- Que gotinha é esta,
que desliza suavemente
Pelo rosto pintado
do palhaço extrovertido?
Fez rir toda a platéia,
Faz rir a si mesmo.
( E agora, chora? )
Palhaço que carrega
o mundo nas costas...
Palhaço que ri,
quando quer chorar...
Não.
Não é uma lágrima
que eu vejo
a deslizar
neste rosto invisível.
( Anônimo rosto )
Rosto pintado,
Rosto marcado.
Não é lágrima.
É apenas um pingo de suor
na ponta do nariz.
Saleti Hartmann
Poetisa e Professora
Cândido Godói-RS
Pétala
Uma pétala caiu desse canto de água
como folha de Outono que desmaia,
Uma pétala percorreu tez de frágua
ficou pendente dessa concha catraia.
Uma pétala gelou o frio do sentimento
como moinho de vento sem a semente,
Uma pétala ecoou todo o pensamento
sobrou palavra da gota que não mente.
O MENDIGO E AS FLORES.
O MENDIGO E AS FLORES.
Autor: Soélis Sanches
... Havia um homem muito rico, muito poderoso que morava em uma linda mansão.
Em um determinado dia, esse homem resolveu homenagear seus amigos com uma grande festa em sua mansão. Então, chamou todo os seus convidados, cada qual mais abastardo que o outro.
Era noite, fazia muito frio e chovia mansamente.
As horas passavam rapidamente e, quando a madrugada chegava, um mendigo tocou a campainha daquela casa. O anfitrião atendeu à porta, e o velho mendigo pediu-lhe um prato de comida.
O proprietário daquela linda mansão ordenou a um de seus empregados que lhe preparasse uma bandeja com lixo e sujeiras.
O homem rico entrou no salão com a bandeja na mão sob o olhar incrédulo dos convidados, e diante de todos ofertou ao velho mendigo aquela bandeja contendo lixo e sujeiras.
O velho mendigo recebeu de suas mãos aquela bandeja e, com tanta alegria e satisfação que invadia seu coração agradeceu humildemente, o que surpreendeu a todos que se encontravam naquela linda mansão.
Com toda a sua humildade transparente, o velho mendigo pediu àquele homem rico que o aguardasse no salão, pois, em retribuição ao seu presente, ele também, gostaria de presenteá-lo...
E assim, o velho mendigo saiu em êxtase, com a sua bandeja de lixo e sujeiras na mão e, no centro do jardim daquela mansão, ele dobrou os joelhos no chão, fez uma breve oração e lavou a bandeja com suas lágrimas, logo em seguida, colheu inúmeras e lindas flores daquele jardim, e colocou na bandeja que brilhava de tão limpa que estava.
O velho mendigo, então, retornou ao salão daquela mansão com um radiante sorriso estampado no rosto e a bandeja de flores na mão, e presenteou aquele homem rico, enquanto os convidados ficavam estagnados sem acreditarem no que viam, e disse ao homem rico:
As pessoas presenteiam aos outros com aquilo que tem de melhor dentro de seu coração.