Quem és?
QUEM ÈS?
Quem és, que desarrumas a que sou?
E não importa se amor não me tens!
Salto muros, desafio os céus,e estou
Triste, triste sempre que não vens.
Tudo sabes da minha intimidade
Pões meu coração ao vento
Morrem por ti meus olhos de saudade
Em cada lágrima minha és lamento.
É contigo que sempre converso
Altas horas, até alvorocer a aurora
Meus sentimentos transformo em verso
Dentro da vida és esperança que aflora.
Quando partir em alegria ou desespero
Quero que venhas comigo deste jeito
Companheira amiga contigo quero
Adormeçer levando-te no meu peito.
À Poesia que vive em mim.
rosafogo
A palavra AMOR
A PALAVRA AMOR
Como se tudo em mim estivesse certo
Parte de mim já enlutou de vez
A Vida não me sabe, me esqueceu decerto!?
Poesia amanhã quem sabe, talvez?!
Paradas estão minhas palavras, me surgem tardias
Distraídas, ocupadas, ausentes até.
Esboroam-se no rasto dos meus dias
Estão remando contra maré.
Leva-as a raiva duma lágrima em liberdade
Deixam meu chão castanho de saudade
Fico ferida, espero por elas nos poentes
Sei-me perdida, não há modo de as entender
Depuro-as com doçura, lanço-as como sementes
Embalo-as no regaço, onde as deixo adormecer.
Desfazadas no tempo, cobre-as um nevoeiro
Fizeram meus sonhos hoje vagabundos
Sigo-as com amor, sigo-lhes o cheiro
Tremem na memória, nas mãos em gestos profundos
Caio na noite que se avizinha
Adormeço no útero de onde hei-de renascer
Ficou uma palavra como eu sózinha
A palavra AMOR
Disponho-me agora às lágrimas, neste Outono a acontecer
Como ao orvalho, se dispõe uma flor.
rosafogo
A pobre gota de orvalho
Enquanto vive nas flores...
Encarna a beleza das cores
E se vê admirada e bela!
Tal majestade caminha
Por castelos encantados...
E faz da noite eternidade!
Sem dar conta do novo dia
Submissa ao destino morria
A pobre gota de orvalho.
Ulysses - http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=41521
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Mas de repente alguém chorou
apesar de nascer um novo dia
e a pobre gota surpreendida
bebeu as lágrimas caídas
voltando de novo a encarnar
a beleza colorida das flores
Deslizou feliz pelos caules esguios
porque as lágrimas que sorveu
era de um amor belo e cristalino
O destino modificou-se
e no livro grosso da vida
ficou lá escrito então
Enquanto na terra existir
lágrimas vertidas por amor
nunca mais
a pobre gota submissa
morrerá de desilusão
e viverá sempre
em pleno esplendor.
Escrito a 21/06/08
dadiva
Sorriso que inspira a luz do sol brilho das estrelas na pupila
Dedos que merecem cada anel de saturno visao da perfeiçao na minha retina
Iris farta de amor e melanina
Labios que me prendem a voce presença que ilumina
Alma rica dadiva divina
Sua luz interior se propaga pelo breu das esquinas
Leva estigmas da vida e o calor da aurora
Menina mulher senhora
Razao da flor que aflora
Lagrima inocente da pequenina menina dos olhos que chora
Forma um oceano de saudade quando vai embora
Lágrima
Sal
que
galga
a face
nasce
na mágoa
água
do
amalgama:
dor
e amor.
Sal
que
amarga,
nasce
morrendo
pela face
defalece
frio
no
vazio,
sem cor.
Água
da vida
que lava
ferida
desbotando
o amor.
Paz para Todos!
Quando penso na paz para o mundo,
logo esqueço de mim.
Meu problema já não é tão grande,
e a minha lágrima já não corre só.
Nada é mais tão meu.
Não é mais o meu sofrimento,
mas sim o sofrimento de todos.
Não é só a minha dor, sentida em meu isolamento.
É uma dor coletiva, entretanto é uma dor que une.
Entendo então, que só unidos, teremos paz.
O Choro
O Choro
Ao perceber o cair da lágrima,
por entre os vales de tua linda face,
liberte o peito de toda lástima,
tire a tristeza de seu encalce.
Ao sentir a boca tremula,
sob a colina enrubescida,
cante o choro de forma amena,
de sua vida entristecida.
Feche os olhos, se concentre...
Somente águas cristalinas,
descerão solenemente.
Comece o mantra - libere o pranto!
O tilintar de seu soluço,
porque o choro tem seu encanto.
Pétala
Uma pétala caiu desse canto de água
como folha de Outono que desmaia,
Uma pétala percorreu tez de frágua
ficou pendente dessa concha catraia.
Uma pétala gelou o frio do sentimento
como moinho de vento sem a semente,
Uma pétala ecoou todo o pensamento
sobrou palavra da gota que não mente.
O MENDIGO E AS FLORES.
O MENDIGO E AS FLORES.
Autor: Soélis Sanches
... Havia um homem muito rico, muito poderoso que morava em uma linda mansão.
Em um determinado dia, esse homem resolveu homenagear seus amigos com uma grande festa em sua mansão. Então, chamou todo os seus convidados, cada qual mais abastardo que o outro.
Era noite, fazia muito frio e chovia mansamente.
As horas passavam rapidamente e, quando a madrugada chegava, um mendigo tocou a campainha daquela casa. O anfitrião atendeu à porta, e o velho mendigo pediu-lhe um prato de comida.
O proprietário daquela linda mansão ordenou a um de seus empregados que lhe preparasse uma bandeja com lixo e sujeiras.
O homem rico entrou no salão com a bandeja na mão sob o olhar incrédulo dos convidados, e diante de todos ofertou ao velho mendigo aquela bandeja contendo lixo e sujeiras.
O velho mendigo recebeu de suas mãos aquela bandeja e, com tanta alegria e satisfação que invadia seu coração agradeceu humildemente, o que surpreendeu a todos que se encontravam naquela linda mansão.
Com toda a sua humildade transparente, o velho mendigo pediu àquele homem rico que o aguardasse no salão, pois, em retribuição ao seu presente, ele também, gostaria de presenteá-lo...
E assim, o velho mendigo saiu em êxtase, com a sua bandeja de lixo e sujeiras na mão e, no centro do jardim daquela mansão, ele dobrou os joelhos no chão, fez uma breve oração e lavou a bandeja com suas lágrimas, logo em seguida, colheu inúmeras e lindas flores daquele jardim, e colocou na bandeja que brilhava de tão limpa que estava.
O velho mendigo, então, retornou ao salão daquela mansão com um radiante sorriso estampado no rosto e a bandeja de flores na mão, e presenteou aquele homem rico, enquanto os convidados ficavam estagnados sem acreditarem no que viam, e disse ao homem rico:
As pessoas presenteiam aos outros com aquilo que tem de melhor dentro de seu coração.
Gaivota que sente
Comove-me a lágrima incontida
Da gaivota errante
O bater das asas é inglório
Quando as marés
se quebram sentadas
e o vento açoita a asa que sente
Honoré DuCasse