Sonetos : 

Anjo sem Asas

 
Anjo Sem Asas
Jorge Linhaça

Suas asas jazem, ao lado amputadas
angélico ser, caído na terra
que em seu peito resiste e encerra
a paz e a luz de sua jornada

As cicatrizes, nas costas marcadas
sinais antigos de áureas eras
signos de outras tantas primaveras
flores abertas ao longo da estrada

Anjo sem asas, mulher renascida.
No doce olhar aflora a ternura.
Mulher alada, nas asas da vida,

a paz do teu ser nos atos perdura
as asas do amor , jamais incontidas
voa tu' alma, eterna e pura.


*****
Arandú,14 outubro de 2008

 
Autor
Jorge Linhaça
 
Texto
Data
Leituras
979
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
JSL
Publicado: 15/10/2008 18:45  Atualizado: 15/10/2008 18:45
Membro de honra
Usuário desde: 10/05/2007
Localidade: Minho
Mensagens: 681
 Re: Anjo sem Asas
Eis o que se pode chamar de soneto com asas.
apesar de se tratar de um anjo alado que perdeu suas asas.

Belo testemunho à mulher, que é sem dúvida esse ser que divinamente (leia-se poéticamente) o Jorge nos presenteou.

Gosto do soneto em si e deste em especial.

Um tok amigo