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NO ABRAÇO DE UM ANJO II

 
NO ABRAÇO DE UM ANJO II
(Davys Sousa)

A morte me perturba e permanece.
E lá a minha alma se dispersa.
E a cá, também, o anjo
Que se desperta na ínfima alma adormecida
No vale de sombra de todo “o nada”
Neste umbroso pavor a que sinto-me esquecido
E canta a efemeridade e minha vida.

Ó anjo ermo sem coração amado
Teu desvairo sensual oprimido
Da carne pela tristeza que te afaga
Nos pensamentos absortos de tua mágoa.

T, sombra perdida que velas
Sempre em meus sonhos com tua melancolia,
Branda melancolia que trouxera pela minha praga,
Hei de trucida-la como fizeste a mim
Em meu lento confinamento: a dor,
O desespero, a mágoa, o choro que se cultivam sem fim,
Em que minha última esperança definhava.





Davys Sousa
(Caine)

 
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caine
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