Entrelacei o verbo e o ventoso vento

Val,
Uma vez mais, muito grata pelo modo como analisas a minha poesia.
Este texto é meio estranho, na verdade. Como tive oportunidade de dizer em resposta a um comentário do Gilberto, os meus textos não são "Histórias de Vida", muito menos da minha própria vida. São representações atípicas de estados de alma, sendo que estes resultam de vivências de partilha e relatos de muitas outras pessoas. Como sabes, sou socióloga...

Gratíssima pelo teu carinho
Mel

Caro amigo,
Como dizia a grande,Cecília Meireles, de quem sou fã "não sou alegre nem triste, sou poeta".

Não sou poeta. Serei, na melhor hipótese, aprendiz de poeta, mas digo exactamente a mesma coisa "não sou alegre nem triste ...sou (aprendiz) de poeta".
Ou seja, como li há dias numa entrevista da Goreti, que muito admiro, "sou uma ficcionista, uma fantasista", que a cada momento constrói personagens e as transcreve na poesia. Dá voz a muitos... como eu mesmo escrevi num poema meu "Não são minhas as palavras que escrevo ..."
Óbviamente quem escreve coloca sempre algo de si, mas não podemos de modo algum admitir que estamos a fazer "histórias de vida". Muito menos histórias de vida dos próprios autores.
De todo não! Seria até redutor... (digo eu)...
Este poema é disso um exemplo. Não me retrata de todo

Muito grata pelo teu comentário, amigo Gilberto.
Um abraço da Mel

Minha querida,
Este texto é pura ficcão. Agradeço imenso o carinho, mas de todo não se trata de estar triste ou alegre...
Serei, como disse "aprendiz de poeta" e, tal como dizia a grande Cecília Meireles
"não sou alegre nem triste, sou poeta".

A nossa poesia deve ter como objectivo final despertar emoções no leitor. Uma vez saída das nossas mãos, deixa de ser nossa, passa a ser alvo da interpretação de cada um. De acordo com o estado de alma de quem nos lê, assim ela tem esta ou aquela leitura...

Bjs grandes, minha amiga
Mel