Poemas : 

Versos - crítica ao jogo Louletano -Farense:

 
Foi numa tarde sem sol
este triste desafio.
Houve chuva e houve frio
só não houve futebol.
Vi, um desequilibrado,
no chão às apalpadelas;
outro a atirar pr’ás canelas
dum parceiro descuidado.
Desta vez não faltou nada;
o tal «back», o Sebastião,
conseguiu ser campeão
do falhanço e da estalada.
Até um «penalty» falhou,
chutado pelo Zé da Horta;
saiu-lhe a jogada torta,
bateu na trave e…voltou.
Afinal, foi tudo azar…
Mesmo o velho Bengalinha
não deu bolas ao Calcinha
p’ra qu’as pudesse marcar.
No Louletano, o «miúdo»
fez pouco, pelo que vi.
Mas no Farense, o Marti
jogou bem, fez quase tudo.
Isto são tardes fatais
entre os clubs mais pequenos
Quase sempre um brilha mais
quando o outro joga menos.
Da Direcção, o Bexiga
corrige, emenda, castiga...
Há discórdia, há confusão.
Se nos seus planos não erra,
entre os clubes cá da terra
temos nova revolução.
Mas como Roma e Pavia
não foram feitas num dia,
Não devem perder o brio.
P’ra valer a esta desgraça,
vai-se disputar a taça
do jornal «Povo Algarvio»
A.F.A.

António Fernandes Aleixo




António Fernandes Aleixo
( 18/02/1899 — 16/11/1949)
Autores Clássicos no Luso-Poemas

 
Autor
António Aleixo
 
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