5 POEMAS BREVES

alegra-me muito, acredite, receber seus comentários. porque também acompanho suas crônicas. e mais ainda agora que sei que você é de moçambique, país de um dos poetas que mais admiro, josé craveirinha. aqui no brasil temos um grande cineasta moçambicano, o ruy guerra, que não só contrubuiu para o nosso cinema, como também para o teatro e a música popular - é um letrista fantástico. foi muito importante também na luta contra a ditadura militar que tivemos aqui. aprendi com o amigo moçambicano que maputo quer dizer elefante. é isso mesmo?

abração

j.

você bem sabe o trabalho que dá para fazer esses poeminhas curtos. cansam-me mais do que os longos. o risco de saírem muito ruins é grande. eles são traiçoeiros.

abração,

j.

caro rogério,

o fato de ser leonino não me impede gostar do mar. e de peixes, principalmente - artigo aqui no brasil, por incrível que pareça, com tanto mar, caríssimo.

abração,

j.

ps; fabiana agradece.

caro companheiro arfemo,

pois é, se soubessem a trabalheira que dá fazer esses poeminhas de um fôlego. e eles são ingratos e traiçoeiros. para nós, é uma herança dos modernistas de 1922, mais precisamente oswald de andrade. a minha geração, dita da poesia marginal de 1970, voltou a se interessar pelos curtos ou poemas relâmpagos, como também o chamamos. mas eu ando em falta com eles, confesso. os que tenho publicado são antigos. a idade quando começa a pesar acho que faz a gente ser um pouco mais extenso. talvez seja medo de morrer e deixar alguma coisa por contar ou dizer, rs rs rs. o poema curto é muito mais difícil de ser feito.é um estalo só. uma ideia. uma imagem. tenho feito ultimamente poemas mais longos. orides fontela, que morreu praticamente na miseria, foi para mim a mestra da concisão. ela economizava palavras. e acho que escrever é economizar palavras. dalton trevisan, o misterioso contista paranaense, diz que todo escritor, quando começa, sonha com um romance e termina no haicai.um pouco de exagero.o haicai requer muita habilidade.

obrigado amigo pela leitura e pelo gentil comentário,

j.

alexandra,

preciso mesmo lavar as ideias.daí esta sucessão de poemas molhados de mar. alguns com peixes. outros nem tanto.

beijo - carinho,

júlio