Poemas, frases e mensagens de Legan

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Legan

Isabel Fonseca

 
Entre a angústia e a saudade
Entre as lagrimas e a dor
Surge a paixão como uma tempestade
Num turbilhão cheio de amor.

Os seus poemas são actos
Dignos de um grande romance
E as suas palavras são factos
Que deixam qualquer um em transe

É uma sonhadora romântica
Que ao sabor da lua cheia
Escreve de forma poética
A alma da alcateia.

Desfaz os novelos da sedução
Como um mítico ritual
Emanando uma grande emoção
Na sua escrita sensual…

José Coimbra
 
Isabel Fonseca

Duzentos

 
 
Tudo começou com o “Vazio”
E vai no “Porque sim”,
Entre o amor e o sombrio
Dei tudo de mim…

São duzentos "poemas" publicados
Em onze anos bem passados.

No português sempre fui fraco
Cometi muitos erros e cometo,
A métrica deixa-me num caco
E sinto-me assim incompleto.

O Luso Poemas foi meu abrigo
Para o meu saber leigo.

Li e leio grandes autores
E com eles tento aprender
O cuidado e os pormenores
Para que o poema seja fluido e fácil de ler.

Nestes anos passei despercebido
Pois sou pouco falador e acanhado,
Andei muitas vezes aqui perdido,
Muitas vezes incompreendido e mal-amado.

(...)

À minha psicóloga quero agradecer
Por não me ter deixado cair
E disse-me para continuar a escrever
Mesmo quando estiver tudo a ruir.

Disse-me também para escrever sobre o amor e alegria.
E para viver apenas o dia-a-dia.

A dona Isabel e ao senhor António, só tenho que agradecer
Pelo carinho, por me acompanharem e pela divulgação,
Pois mesmo sem os conhecer
Me deram força e motivação.

Aqui fiz muitos amigos
Encontrei o amor da minha vida
Apesar de não ter dado certo.
Aos mais novos e mais antigos
Continuem a escrever de forma destemida.
Um obrigado a todos por estarem por perto…

José Coimbra

Muito obrigado a todos que me acompanharam nesta jornada.
 
Duzentos

Teu nome numa pedra

 
De que vale ter o teu nome
Escrito na dura pedra?
Se não posso…
Ver o teu sorriso,
Cheirar o teu perfume
E ver o brilho dos teus olhos…
De que vale colocar uma rosa
Sobre a fria terra?
Se não posso…
Beijar-te,
Abraçar-te
E sentir o teu peito a bater…
De que vale ter o teu nome
Escrito na dura pedra?

José Coimbra
 
Teu nome numa pedra

Uma lágrima cai...

 
Uma lágrima cai…
Na noite silenciosa
Criada pela dor
Dessa força poderosa
Que lhe dão o nome de amor.

Uma lágrima cai…
Na fria escuridão,
Longe do teu olhar
Ela cai na solidão
Sem ninguém para a secar.

Uma lágrima cai…
Em pleno sofrimento,
Com a tua partida
Só ficou o lamento
E uma profunda ferida…

José Coimbra
 
Uma lágrima cai...

Porque sim

 
Daqui para ali,
De ali para aqui
E pouco depois
Estamos os dois
No banco de jardim.
E estamos assim
A ver a paisagem.
Tento ganhar
A desejada coragem
Para te perguntar
Em tom meigo.
- Querida! Casas comigo?

José Coimbra
 
Porque sim

O teu próprio mundo

 
São três da madrugada
E ainda estás acordada
Numa inquietação desconcertante.
O teu dia foi um carrossel
Que marcou a tua pele
De uma forma permanente.

E, as lágrimas na escuridão
São um bramido de aflição
Do teu triste lamento.
A noite fria e silenciosa
É tão cruel e tenebrosa
Como o teu sentimento.

Nada nesta vida é fácil
Para um coração frágil
Domado pelo desgosto profundo.
Procuras por uma saída
Mas estás sozinha e perdida
No teu próprio mundo…

José Coimbra
 
O teu próprio mundo

Hécate

 
 
Dos partos era a divindade
E das casas era protectora
Dando-lhes prosperidade
Mas agora…

Enquanto o sol descansa
As tochas na encruzilhada
Marcam a sua presença
Na escuridão da madrugada.

O perfume que trás o vento
São das ervas venenosas
E quando a lua cheia está no firmamento
Elas ficam mais poderosas.

Em Érebo chegou a hora…
Hé… ca… te… Manjerona…
Hé… ca… te… Mandrágora…
Hé… ca… te… Beladona…
Hé… ca…

José Coimbra
 
Hécate

Meu suspiro

 
O sorriso que disfarças
Dá-me uma nova vida
Unicamente ganho asas
Para uma última partida…

És o princípio do fim
Do meu caminho errante,
És o sangue dentro de mim
E a alma do meu corpo dormente.

És o silêncio do meu suspiro
Quando desabafo com o vento,
És o sopro que respiro
Quando meus medos enfrento.

És a palavra provocada
Que não consigo pronunciar,
És a felicidade de mão beijada
Que meu coração quer renunciar…

José Coimbra
 
Meu suspiro

Fica aqui

 
De ti eu gosto
E até aposto
Que gostas de mim.
Eu gosto de ti
Mas se não estás aqui
É o meu fim.
Cruel é a saudade
Por isso faz-me a vontade
E não saias daqui.
Fica por favor
Pois descobri o amor
No dia que te vi…

José Coimbra
 
Fica aqui

Não sei nada sobre o amor

 
Não sei nada sobre o amor
Mas cantarei com clamor
Os teus olhos brilhantes.
Não conheço o Cupido
Nem onde ele está escondido.
Para tocar teus cabelos cintilantes.

Libera anda distraída,
Afrodite está desaparecida.
E eu, não te consigo alcançar.
Vénus está ocupada com Marte
Isis, meu amor, não comparte.
Resta-me, mandar-te um poema e esperar…

José Coimbra
 
Não sei nada sobre o amor

Terra queimada

 
 
Fugitivo da terra queimada
Preso no seu próprio domínio
Sozinho no meio de nada
sob o luar vermelho sombrio

Num arrepio que sente
Sobre a sombra que o assombra
Neste sentido de morte
Entre as cinzas desta terra

Luta contra os pesadelos
Com coração carregado de dor
Mas esconde-se entre os rochedos
Com sangue fervendo de rancor

Uiva da morte anunciada
Com a saudade sentida
Mas que na mente, mente tanto
Que esquece a dor que o coração sente

Isabel Morais Ribeiro Fonseca
José Coimbra
 
Terra queimada

Diz-me meu amor

 
 
Diz-me meu amor
Como tudo aconteceu,
Como puseste cor
Ao meu negro céu?

Como fiquei assim
Que só a ti, vejo…
Que feitiço usaste em mim
Para por ti morrer de desejo?

Por ti, minha amada
O meu coração bate insano
E de uma forma apaixonada
Digo-te que te amo…

José Coimbra
 
Diz-me meu amor

Martelo da inocência

 
Entre a chuva venenosa
Dança ao sabor do vento
Como uma fera perigosa
À procura do sustento.

Entre as lágrimas corrosivas
Alimenta-se da ignorância
Das almas fugitivas
Do martelo da inocência.

Entre as palavras reprimidas
Deseja de forma febril
Todas as liberdades proibidas
Da mente quase senil…

José Coimbra
 
Martelo da inocência

Poema imperfeito

 
Este amor
Do interior
Do meu peito
É imperfeito
Mas é o meu jeito
De te amar
E de estar
Aqui
Junto a ti.
Mas neste dia
É de alegria
E eu escrevi
Esta merecida
Poesia
Só para ti
Minha querida!...

José Coimbra
 
Poema imperfeito

A Caça

 
 
Serei o caçador ou a presa
Desse teu misterioso olhar
Negro, mas cheio de beleza
Que me hipnotiza para te desejar.

Meus olhos dizem que me importo
Que a situação é nova para mim
Não sei como agir. Mal me comporto
Ataco-te ou começo uma fuga sem fim?

Como uma força desconhecida
O teu sorriso frio me seduz
E faz-me destruir a barreira proibida
Que me afasta da fuga e da luz.

Beijo-te. A escuridão estava em tua mente
Entre sorrisos e beijos ela recua lentamente
Aperto tuas mãos suadas e frias
Touché. Fim de caçada com maestria.

Janna
José Coimbra
 
A Caça

Margens da ilusão

 
Nas margens da ilusão
Saboreia-se o néctar divino
Que aquece o coração
Do desventurado destino.

A melodia melancólica
Faz desertar a razão
Da esperança simbólica
Que atormenta a habitação.

O sofrimento delinquente
Está carregado de solidão
E de uma forma pungente
Derrama lágrimas na escuridão...

José Coimbra
 
Margens da ilusão

Às avessas

 
O princípio é parte do fim
Quando se perde o caminho,
O que era bom se torna ruim
Quando se anda sozinho.

Um dia rei, noutro vagabundo
A navegar por este mar
Que é o meu estranho mundo
Sem nada para conquistar…

Tudo se ganha, tudo se vai
No trampolim das promessas
Onde a esperança cai
Nos sonhos às avessas.

É encontrar-me e me perder
Na corda bamba sobre o precipício
E teimar em esquecer
Que o fim é parte do princípio…

José Coimbra
 
Às avessas

Porto sem-abrigo

 
A vida é um porto sem-abrigo
Onde não se conhece o inimigo
E tudo a volta é uma mera ilusão.
O destino é um caminho sem retorno
Onde as palavras são um adorno
Para adulterar e turvar a visão.

Os sonhos são um acto de egoísmo
Onde as esperanças caem no abismo
Da deportada e obscura realidade.
E os sentimentos são uma sentença
Que o mundo trata com indiferença
Obstruindo e ocultando a felicidade…

José Coimbra
 
Porto sem-abrigo

Anjo da noite

 
Meu anjo da noite
Abraça a minha solidão,
Acende a luz da vida
E guia-me pela escuridão.

Deixa-me acreditar
Que não estou sozinho
E que tudo é uma ilusão
Para me desviar do caminho.

Acompanha-me pela noite,
Liberta-me desta melancolia
E aquece a minha alma
Para um novo dia…

José Coimbra
 
Anjo da noite

Rosa

 
Como uma rosa num jardim
Formosa é uma deusa
Com o aroma de jasmim
Que até o sol a deseja.

Como uma estrela no céu
Aquela mais cintilante,
Na noite atinge o seu apogeu
De uma forma fascinante.

Como tu não há nenhuma
Teu sorriso me seduz
Não chores de forma alguma
Pois tua face irradia luz…

José Coimbra
 
Rosa