Encontrando minha identidade
Estou tentando expressar
O que estou sentindo
A palavra certa não dá pra pensar
Vem coisas sem sentido.
Pois, vivendo a vida,
Outra vida vivi
Esquecendo-se de mim,
Esquecendo-se da vida.
Pra encontrar minha identidade,
Livrar-me-ei das vaidades
Do auto-ostracismo,
E daquele egoísmo.
E farei rimas que quiser,
Terei meu jeito de rimar
Sem métrica a me prender
Buscarei me libertar.
Júlio Andrade
Dona Florinda
Oh! Dona Florinda
A flor mais linda
que encontrei nesta vida
nesta vila.
Adoro quando você me convida,
pra entrar,
pra tomar um chá.
Acho isso tão honroso
que fico muito nervoso
e as palavras começo a errar.
Minha única saída
é lhe entregar
Este pequeno buquê
que fiz para você
Espero você gostar.
Fiz este poema quando estava no ônibus voltando para casa, daí eu vi um outdoor sobre roupa, e tinha o nome "Dona Florinda" e uma moça de boa aparência, daí no mesmo instante, eu fiz o poema.
A dimensão do Amor
Mesmo sem termos dito um "piu"
sabemos o que cada um viu
como dois vetores em sentidos opostos
numa mesma direção,
nossos raios oculares se encontraram
em uma outra dimensão
dimensão jamais tocada pelo homem,
Apenas sentida, e conquistada.
A porta é a paixão
para essa dimensão,
sendo ela o tudo,
que se inicia do nada.
Júlio Andrade
"Meu" "Monitor"
Pensando no que escrever,
dos meus amigos vejo,
músicas e poesias,
para mim trazer,
palavras...
Me vendo em suas retinas,
atraves do meu monitor,
me pergunto quem eu sou...
Sou apenas um romântico,
no inicio de uma noite,
escrevendo versos,
ás vezes sem rima.
Mas o que vai mudar?
palavras escritas num livro de abril?
Quem poderá gostar?
Quem chorou? ou quem sorriu?
Uma dúvida a me atormentar,
A distância um dia irá
diminuir antes que o tempo passe?
A resposta já encontrei...
Só passou duas linhas,
Nós, como pensei,
é quem determina
o fim dessa ânsia,
o valor X daquela distância.
E de palavras escritas á mão,
do livro para o computador,
Eu no fim da noite...
em frente ao meu monitor.
Júlio César de Andrade
A verdadeira mulher brasileira
Sua cabeleira ímpar,
Com cachos soltos ao vento,
Faz um belo acento,
Na sua beleza.
Que é pura por natureza,
Com um toque de inocência
Interando sua essência.
Frágil como um cristal,
existência quase irreal.
Poema que escapou da Gaveta
Dentro do ônibus
Com uma caneta na mão
Tentando trazer
As palavras do meu coração
Eu quero por meio
Das minhas palavras soltas,
Soltas ao vento,
Tirar esse sentimento de lamento
Limpa o Quadro...
Limpa o rosto.
Nesta minha busca
Pela minha identidade,
Estou mais perto do que longe,
Estou mas que na metade...
De meu eu usar.
(...)
Limparei este quadro negro
Com água e sabão
Farei uma faxina nas energias
Do meu coração
Mudarei meu estilo de viver.
Meu modo de ver...
A vida.
Este dia vem chegar
...
Vou concluir por aqui
Minha parada é logo ali
O motorista não vai esperar.
Júlio César Andrade
Verso ao Acordar
No não ter o que fazer,
me apaixono
uno, eu e você
uno nossos sonhos.
Júlio César de Andrade