Poemas, frases e mensagens de poetaromasi

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de poetaromasi

PLÁGIO – OS POEMAS DE AMOR E DOR FORAM PLAGIADOS

 
PLÁGIO – OS POEMAS DE AMOR E DOR FORAM PLAGIADOS

Uma das vantagens da Internet, nomeadamente do GOOGLE, é a de conseguir localizar os nossos trabalhos ou até parte deles.
Sempre autorizei a editarem os meus poemas com os devidos créditos.
Ao acaso procurei no Google pelo nome do poema “DURMA MINHA MÃE” que em tempos editei no meu antigo blog. Fui detectar este poema publicado num blog sem que constasse o meu nome. Esta situação é recorrente. A amostragem foi de 1 para mais de 300 poemas e o resultado está à vista. Já não é a primeira vez que isto acontece, tendo no passado localizado poemas meus inteiramente plagiados.
Não sei qual o interesse do plágio na poesia.
Aconselho vivamente aos plagiadores a plagiarem, também, as minhas dores para não ficarem só com os textos, ou com os poemas, que tenho escrito e livremente dado a conhecer. Assim é batota!

Estas atitudes merecem a minha e a vossa reflexão.
A minha poesia “sai” espontaneamente, sem ser por encomenda. Assim, quando editava um poema que escrevi naquele momento, não me preocupava com o seu registo. (Registava depois)
Nunca quis ser mercantilista da poesia. Porém, começo a ponderar não mais editar os meus novos poemas sem os registar, embora, a sua maioria, esteja legalmente depositada e salvaguardada.
Se continuar a publicar é unicamente por todos aqueles que ao longo destes 5 anos me incentivaram a escrever e que sem nada dizerem se identificam com o que escrevo.
Fico farto! O Plágio é tanto que chega ao ponto de disputarem a autoria dos meus poemas. Um já se retratou e retirou a sua autoria apagando o poema! Ainda só procurei no Google por uma dezena de poemas e já apareceram centenas de plagiadores ou que omitem a autoria dos poemas.
Fui encontrar um poema plagiado que foi editado por mim num livro em Almada.
Existem alguns que até transformam os poemas em pensamentos e dizem que os poemas são desconhecidos. Uma verdadeira clonagem, pirataria da pior.
Encontrei um poema metido disfarçadamente no meio de outros. Isto assim não dá!
Sejam todos muito felizes. Respeitem os direitos de autor, afinal apenas exijo que coloquem o autor do poema. Será muito?
Façam um teste com um poema vosso. Coloquem parte de um poema no Google busca personalizada com esse texto obrigatório e vejam quantos assumiram a autoria dos vossos poemas.
Para aqueles que colocaram a autoria obrigado. Para a maioria, aqueles que gostam da minha poesia, contem comigo aqui ou noutro lugar. Vou repensar tudo isto e talvez editar em livros os meus poemas.
Obrigado
Rogério Martins Simões
 
PLÁGIO – OS POEMAS DE AMOR E DOR FORAM PLAGIADOS

Primavera

 
 
PRIMAVERA
Rogério Martins Simões

Há pouco,
quando a noite deixou de chover;
quando o gelo se deixou derreter…
fiz-me à estrada.
Estou a andar! Preciso de andar.

Releio e vejo
Florbela Espanca,
Lívida da febre,
em seus versos tristes,
(delírio),
a escrever a “má visão”.
Revejo-a ali,
naquele branco lírio,
entre os pinheiros crescidos,
do horizonte,
e à distância a que me encontro,
defronte,
neste espaço do caderno.

Esvoaçam lágrimas
volto a andar por veredas
sem antever que rente
revejo o trilho doente
da sua aparição…

Esta noite choveu,
ando,
estamos a andar…

Olho o monte das folhas secas…
Onde despontam os matos
E os cogumelos de tantas cores.

O sol está raiando
Tenho luz à tua espera…
Vai! É primavera!

À minha frente abre-se uma estrada,
entre pinheiros,
que tenho de percorrer.
Não posso parar;
Gostamos de escrever.
Vai! É primavera.

Um melro assobia,
outro responde
-É primavera!

Um besouro chegou,
sei lá de onde?
Chegou!
É Primavera

Os botões das roseiras
dão-se a conhecer
às folhas novas
que os viram nascer:
-É primavera

Duas borboletas ensaiam um baile.
Vieram ter comigo.
Querem ir contigo…
Na primavera.

O sol está queimando
Temos luz à nossa espera,
Vai…
Que eu estou chegando…
É primavera!
Campimeco, Praia das Bicas, Meco, 1/4/2011
(Registado no Ministério da Cultura
Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C.
Processo n.º 2079/09)

Video e poema de Rogério Martins Simões
 
Primavera

Voltei a escrever e já não queria

 
Voltei a escrever e já não queria
Pensava ter esquecido este meu versejar
Ser poeta é criar e sofrer todo o dia
Passar ao papel o que a alma encontrar.

Este estado de alma que já não ousaria
Que nos faz sofrer, para me encontrar,
Deixa o meu corpo quando escrevo poesia,
Nos poemas que ela cria, para me libertar.

A ti que mais amo e sem querer
Se fico triste e te faço sofrer
Rosa eu te quero, rosas eu te dou.

E se tu me vires distraído ou disperso
Uma única coisa eu imploro e peço,
Espera! A minha alma não regressou.

Lisboa, 16 de Abril de 2004
 
Voltei a escrever e  já não queria

Parkinson

 
PARKINSON
(DIAGNÓSTICO)
Rogério Martins Simões

Meu amor! Tu não estavas enganada!
Só tu darias pela diferença no gesto
Pela minha expressão algo errada...
O meu lado esquerdo menos lesto.

Hoje, tu não ficaste surpreendida.
Componho este poema, e não desisto:
A direita, com que escrevo, agradecida!
Com a esquerda não escrevo mas insisto!

Com a direita escrevo o “A” de amor,
Com a esquerda se escreve o “D” de dor
E o resto deste poema em desespero.

Pois sofrer, tanto sofrer não conhece
Meu corpo, tanto sofrer, não merece
Sofrer mais, por sofrer, não quero!

04-06-2002

INTROSPECÇÃO

Se não conseguires escrever
com as duas mãos,
ainda assim, escreverás com uma;

Se tiveres dificuldade em escrever direito,
com uma mão,
escreve com os dedos que te restam;

Se te tremerem as mãos
e sentires que te olham,
não te importes!
Só treme quem está vivo.

Se não conseguires escrever
Dita os teus reversos
para que alguém
te apare a escrita…
e o néctar dos teus versos.

Se mesmo assim
tiveres em dificuldade,
esforça-te:
grava as palavras
no teu coração
E recorda que já foste poeta

Lisboa, 29 de Janeiro de 2008

Rogério Martins Simões
 
Parkinson

Ausência

 
AUSÊNCIA
Rogério Martins Simões

Gritei, chamei por mim e não estava.
Chorei, voltei a chamar, e não me vi:
Era a ausência que me arrastava,
Voltei a chamar, e não estava ali.

Era a idade que não descansava,
O banco de jardim que nos sorri,
Era o meu tempo que avançava,
Voltei a chamar e não me revi…

Veio o vento com alforges de mel,
Soprou nos pedacinhos de papel
Que um dia este menino cortou

Eram os seus sonhos de criança,
Bolinhas de sabão de lembrança,
De quem na saudade despertou.

Meco, 25-10-2012 21:35:37
 
Ausência

Destino ou coragem

 
 
DESTINO OU CORAGEM
(Rogério Martins Simões)

Deixei para trás o meu ego
Deixei o sonho segurar o tento…
Quis Deus ou o destino cego
Que o destino fosse tormento

Ao sonho e à coragem me apego
Gavião deixa passar o vento…
Sou náufrago em desassossego
Destino ou coragem sustento.

Não! Não mais quero o desespero!
Não negoceio contigo e não quero!
Sou trama e urdidura forte…

E se o destino a coragem revela
Partiremos juntos num barco à vela
Pois na coragem se combate a sorte…

Lisboa, 29-08-2006 22:36
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
 
Destino ou coragem

Golpe de asa no sequeiro

 
 
GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO…
Rogério Martins Simões

Inocento as minhas mãos.
Invento gestos.
Golpeio convenções.
Antecipo decisões
Quero chegar ao cume…
Acender o lume
E descer a vereda num sopro.
Sopra sobre mim, dá-me o trilho…
Golpe de asa no sequeiro.

Inocento a vida.
Piso um milho que suga um canavial.
Debruço-me nas tábuas silenciosas,
O arrabalde enxota um pombo num corte de asas.
Vou a caminho,
Se chegar tarde tarda o destino.
Chegará a tua vez…
Chega a todos,
Quero chegar ao cimo da rampa.
Não! Não preciso de campa,
E de bichinhos da seda,
Acendam o lume!
Golpe de asa no sequeiro

Inocento a minha fala. De que falo?
Falo de sofrimento?
Fala comigo!
Faz um gesto.
Falo!
Golpe de asa no sequeiro

Inocento a sorte. Que sorte?
Estou descalço…
Descalço os pés e coloco as botas das léguas cardadas…
Pesadas tréguas.
Falsas pistas,
Às riscas, no veludo,
É Entrudo e sambo!
Não! Não sei sambar!
Danço tudo…
Danço nas letras!
Basta um toque do moscardo e irei ao fundo.
A orquestra toca,
Na toca me afundo.
Do fundo me ergo, tudo confundo,
Volto ao colete-de-forças que me não dá tréguas.
Golpe de asa no sequeiro

Inocento a pressa. Não me empurres!
Desata o atilho e solta o rouxinol …
Golpe de asa no sequeiro

Inocento a ventura.
Deram-me uma haste e um pano amarelo
Fiz mastro e uma vela.
Não sei velejar!
Tropeço num novelo,
Estatelo-me ao vento.
Arrumo as botas num vão-de-escadas
Escadas não são.
Que sorte: uma tábua de salvação.
Golpe de asa no sequeiro

Inocento o engano!
Troco uma besta
Por dois cavalos a motor.
Trago um guindaste preso a uma retroescavadora.
Que faço com a cenoura?
Que faço com a dor?
Estendo o pano e solto a alma…
Golpe de asa no sequeiro

Inocento o meu coração.
Na escada, que me leva ao azul sereno, ato um laço!
Deixa que te toque no peito.
Abraço-te!
Sinto o pulsar de uma cerejeira…
Golpe de asa no sequeiro

Inocento a esperança.
Entrego ao destino tudo o que me cansa.
Que me cansa?
A falta de esperança?
Este viver desesperado,
Na ponta de uma navalha afiada.
Estou em brasa no cativeiro
Acerto o passo nas limitações…
Não!
Nas figueiras também crescem figos secos e ovos-moles;
Os gaiatos brincam com estrelas;
O sol brilha;
A chuva molha;
A noite apadrinha os beijos;
O vento sopra e dança
O luar distende os versos
Com versos de esperança.

Secam as lágrimas no estendal
Já partiu o aguaceiro…
Golpe de asa no sequeiro…

27-10-2011 00:08:08
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)

Este poema fala da minha dor de Parkinson, da minha vida.
 
Golpe de asa no sequeiro

Uma eternidade nos espera...

 
 
UMA ETERNIDADE NOS ESPERA…
Rogério Martins Simões

Quando tu e eu saltávamos em andamento,
Numa corrida estreita, para a existência,
Havia um brilho, intenso, que cegava a escuridão externa.

Falávamos em língua redonda,
Imperceptível,
Que nos deixava latejar à distância do universo das palavras.
Éramos nada!
Éramos tudo!
Frequentávamos os mesmos colégios ricos,
Onde a riqueza se media pelo contágio,
Em resultado das vidas passadas.

Fazíamos parte de um grupo,
Sem forma,
Grande aos sentidos,
E sabíamos que iríamos viajar em busca da luz.
Éramos uma luz ténue…
E procurávamos um brilho permanente.

Entrámos por uma porta estreita
Onde formas sem luz
Reproduziam uma língua quadrada,
Sem nexo, herança de uma Torre de Babel,
Que tivemos de aprender.

Estamos a ficar cansados!
Não importa…
Tomámos o caminho recto e certo
E partiremos na luz…

Falta pouco meu amor.
Uma eternidade nos espera…

Lisboa, 30 de Abril de 2009
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspeção-Geral das Atividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)

Vídeo estúdios Raposa, declamado por Luís Gaspar do meu poema.
 
Uma eternidade nos espera...

Cobri de rosas

 
Cobri de rosas
A tua rosa
O teu botão.
Abri a rosa
Cortei a pétala
Pétala a pétala
Enchi o chão.

Mas se ao menos
O teu rosto sorrisse
E a tua boca
Dissesse palavras
De ternura:
Eu te daria
De novo rosas
Formosas
E em botão.

1987

(Caderno Uma Dúzia de Páginas de Poesia n.º 41)
 
Cobri de rosas

Versei-te o coração

 
Versei-te o coração
Rogério Martins Simões

Em poemas que te cantava,
naqueles tempos de então
não via teu rosto e sonhava
eras a minha invenção.
E o nosso tempo esvoaçava
em provocação…
e assim por aí andava
de mão em mão…

Depois, eu vi teu rosto
Luar de Agosto
num novo poema
numa nova canção:
e numa noite diadema
Acendemos a fogueira
Atiçámos a chama
Apagámos a cegueira
De mão na mão…

E foi o poema que te encontrou
Quando para sempre jurou
Que a partir desse dia
Não eras mais fantasia
ou simples imaginação!
E num rasgo de poesia,
ousada, perdida ou vadia
versei-te o coração.

Numa noite diadema
neste novo poema
nesta nova canção:

Acendemos a fogueira
Apagámos a cegueira
De mão na mão…

19-05-2008 23:48:43
 
Versei-te o coração

A estrela mais bela que encontrei

 
     
A ESTRELA MAIS BELA QUE ENCONTREI!
(Rogério Martins Simões)
 
 
Sabes encontrar-me pela manhã.
No riacho cristalino do desapego.
Onde, renunciando, dores refego,
Para que a esperança não seja vã…
 
Livre da dor e tortura é este afã,
Cuido este corpo onde me apego.
Tarde libertar-me deste carrego,
Que extingue o carma de amanhã.
 
E se estiver na hora quero propor:
Irei de mãos dadas pelo caminho
Perdido eu de amores devagarinho.
 
Levarei comigo o meu lindo amor,
A estrela mais bela que encontrei
Não quero perder quem tanto amei!
 
Lisboa, 27-03-2008 22:04:08     
 
A estrela mais bela que encontrei

Mário Quintana plagiado

 
“Certezas” de Mário Quintana Plagiado

Dói muito a quem, sendo poeta vivo, depara com a sua poesia a mudar de mãos.
Podem dizer que sou teimoso e que este assunto não vos dirá respeito. Muitos, talvez, por o fazerem também, encolhem os ombros. Porém, ninguém poderá admitir que um grande poeta morto não se possa defender destes autênticos monstros.
Hoje, em busca de mais um poema meu plagiado, isto é, assinado por outro, deparei com um texto do Mário Quintana Plagiado.
Um verdadeiro escândalo! Basta procurar no Google por parte deste texto-poema para aparecerem vários autores plagiadores que se arrogam como autores do que não escreveram.

Coloquem no Google esta parte do poema, em texto obrigatório, para terem a noção da dimensão desta pouca vergonha que se chama plágio. Escrevam o seguinte - Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia, e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos –

Entre os novos autores de “CERTEZAS” aparece uma tal Adriana Brito e muitos mais.

Biografia de Mário Quintana  http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1rio_Quintana

Com muita tristeza,
Rogério Martins Simões
 
Mário Quintana plagiado

MINHA MÃE QUE VAI SER DE MIM?

 
Minha mãe que vai ser de mim
Passos os dias a cuidar do gado,
Implore à senhora do Bonfim
Que me arranje um bom noivado!

Minha mãe está bem assim?
Lavei o rio no meu corpo criado…
Não visto cambraia! Visto cetim
Seios de carmim e corpo rosado.

Minha mãe e se eu for ao baile,
Não precisa de vestir seu xaile…
Minha mãe! Vou ter cuidado:

Viço de rosa, cravo e alecrim
Minha mãe reze por mim
Que eu não tenho namorado!

Lisboa, 22-09-2007 23:36:37
 
MINHA MÃE QUE VAI SER DE MIM?

De repente os dias são noites

 
DE REPENTE OS DIAS SÃO NOITES
Rogério Martins Simões

De repente os dias são noites.
As noites são meses.
Os meses são anos.
Cabelos brancos.
Desenganos!

De repente
tudo se esquece,
tudo esmorece,
tudo morre e renasce.

De repente,
Se repentinamente não me contivesse,
Entrava no poema em parapente.
Rente!
Rente à sorte se a tivesse!

Por agora não!
Vou à frente do vento,
Que me leva
Por caminho certo
Que só ele conhece.

Já passaram por tantas luas.
Cruzei mares e caravelas.
Subi escadas.
Desci escorregas e ruas
Onde o vento mora
E não me diz para onde me leva.

De repente fiquei cansado!
Pesado!

Talvez não me deixe para trás…

Lisboa, 22 de Janeiro de 2009

(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)

Coloco aqui este meu poema que foi aqui plagiado. Lamento que o façam. Que génio sentem os plagiadores? Dói! Estou a ficar farto!
Rogério Martins Simões
 
De repente os dias são noites

Amo-te Lisboa virada ao tejo

 
AMO-TE LISBOA VIRADA AO TEJO
(Rogério Martins Simões)

Dizem que um dia alguém cantou…
Que por amores Lisboa se perdeu:
Por amores se perde quem lá voltou;
Por amores se perde quem lá nasceu.

Dizem que um dia alguém contou…
Que uma moira cativa, no Tejo, desceu…
Por amor, Lisboa, a moira libertou;
De amores, por Lisboa, a moira morreu.

Juntaram-se os telhados enfeitiçados
Apertadinhos os dois e entrelaçados
Num fado castiço numa rua de Alfama

E o Tejo, que é velho, beija a Cidade
Morre-se de amores em qualquer idade
Perde-se por Lisboa quem muito a ama!

Lisboa, 20 de Junho de 2006
 
Amo-te Lisboa virada ao tejo

EM SONHO ME DEPENDUREI NO LUAR

 
 
EM SONHO ME DEPENDUREI NO LUAR
Rogério Martins Simões

Em sonho me dependurei no luar.
O luar quis acordar os nossos cios.
Ali estavas, desnudada no meu olhar,
Encandeando meus olhos luzidios.

Os sonhos soçobram ao acordar…
O luar distende o sonho em atavios.
Ai!, sereia espraiada no meu mar,
Esperando as águas dos meus rios…

Luar!, tapa-me os olhos e os dias:
Antes cego, que acordar e não ter,
Do que ver, e não ter o que vias….

Prendo, no sono, o sonho para te ver,
Fico cego se em mim não te sentir,
Fios de seda - não te deixem partir!

Lisboa, 05-01-2009 20:49:30

http://poemasdeamoredor.blogs.sapo.pt

(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09[mp3]

Vídeo e poema Rogério martins Simões

gravação e voz de Luís Gaspar, Estúdios Raposa
 
EM SONHO ME DEPENDUREI NO LUAR

Renascer

 
RENASCER
Rogério Martins Simões

Passaram muitos anos
Em que te vi crescer
Habituei-me a olhar
Até me tapares a visão
Quando disfarçada crescias
A caminho do céu…
E eu voltava a passar
E a renascer
Por te sentir respirar
e rever
Em qualquer estação.

E tinhas o cuidado
De não cegar a luz
Pois a teus pés cresciam
Melros
E flores silvestres
Cogumelos e coelhos bravos
Enquanto, em teu corpo,
Adormecia uma cegonha…

Campimeco, Praia das bicas, Meco
27-02-2011 13:31:02
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspeção-Geral das Atividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
 
Renascer

Bendita rosa mimosa cetim

 
BENDITA ROSA, MIMOSA EM CETIM
(Rogério Martins Simões)

Recordo em ti, meu amor, bela rosa
Rosa tua em ti, um dia eu amei
Estavas tão bela e harmoniosa
Nem pétala de rosa, em ti, anulei…

Rosa inteira, para sempre sejas ditosa
Permaneces linda como te encontrei
E se em meu corpo teu corpo repousa
Nem pico de rosa, na rosa, eu achei.

Rosa alvorada a florir no meu dia
Tu és o cântico da minha poesia
Bendita rosa, mimosa em cetim.

Pois, se o meu talento está no teu amor
Ditosos os seres que se mantêm em flor
Bem-cheirosa és tu rosa no nosso jardim!

24/08/2005
 
Bendita rosa mimosa cetim

Alentejo, debruado a Arraiolos

 
Na dourada planície alentejana
Onde o sol penetra e em tudo teima
A falta de água mísera e insana
Quebra a vontade abate e queima

Nessa imensa e dourada pradaria
O vento de suão seca a cortiça
Leva consigo, numa lenta agonia,
O suor, a que chamam de preguiça.

Mas o Alentejo é belo e majestoso
Quem o ama chama-lhe de formoso
Quem parte volta, nunca diz adeus

Por isso há sempre vozes em coro
Canto alentejano em vez de choro
A alma alentejana tem força de Deus
19-04-2005
 
Alentejo, debruado a Arraiolos

BOCAGE, encontrado o livro da Casa da Índia, com a nomeação de Manoel Maria Barbosa Hedois de Bocage, guarda da marinha do Estado da Índia

 
A bem da cultura e da língua portuguesa, tenho a honra de dar notícia da existência do Decreto da Rainha Dona Maria I, datado de 31 de Janeiro de 1786, a nomear o grande poeta português, MANOEL MARIA BARBOSA HEDOIS DE BOCAGE, Guarda Marinha da Armada do Estado da Índia.
Este precioso registo encontra-se no livro 19 a folhas 81 da “CASA DA ÍNDIA” e foi redescoberto pela actual responsável da Biblioteca e Museu da Alfândega, no Edifício do Terreiro do Trigo, em Lisboa.
Graças à actual direcção da Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais Sobre o Consumo este e outras centenas de livros com muitos séculos - desde o século XVI - estão, e bem, a caminho do local onde há muito deveriam estar – a “Torre do Tombo”.
Os homens da ciência, que se dedicam ao estudo das diferentes matérias, vão ter aqui muito por onde começar.
Rogério Martins Simões

Original
Livro 19
Página 81
Dona Maria por Graça de Deus, Rainha de Portugal e dos Algarves dáquem e dálem mar em Africa Senhora da Guiné e da Conquista Negociação Comércio da Etiópia Arábia Pérsia, e da Índia Nossas.
Faço saber aos que esta Minha Carta Patente virem: que Eu hei por bem fazer mercê Manoel Maria Barbosa Hedois de Bocage, de o nomear Guarda Marinha da Armada do Estado da Índia; Com o qual posto haverá o soldo que lhe tocar, pago na forma de Minhas Reais Ordens, e gozará de todas as honras, privilégios, liberdades, isenções, e franquezas, que em razão dele lhe pertencerem. Pelo que mando ao meu governador, e Capitão General do Estado da Índia, conheça ao dito Manoel Maria Barbosa de Bocage, por Guarda Marinha da Armada do Sobredito Estado, e como tal o honre estime, deixe servir e exercitar o dito posto, e haver o soldo como dito é; e às pessoas que lhe forem subordinadas, Ordeno que em tudo lhe obedeçam e que cumpram as suas ordens, quer por escrito quer verbais, naquilo que tiver a ver com o meu real serviço, como devem e a isso são obrigados; e ele jurará, da forma como é costume, de que se fará assento nas costas desta Carta Patente, que para tudo legalizar, Eu mandei escrever e por Mim foi assinada, e selada com o Selo Grande das Minhas Armas,
Dada na Cidade de Lisboa a 04/Fevereiro, Ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, de 1786= A Rainha = O Conde da Cunha = Patente porque Vossa Magestade há por bem fazer mercê a Manoel Maria Barbosa Hedois de Bocage, do o nomear Guarda Marinhada Armada do Estado da Índia, Como nesta Carta se declara = Para Vossa Magestade ver = Por Decreto de Sua Magestade, de 31/01/1786 = o Secretário Joaquim Miguel Lopes de Lavre a fez escrever = João Carlos Finali. a fez = regimentada a folhas 195 do livro 44 dos ofícios desta Secretaria do Concelho Ultramarino. Lisboa 15/02/1786 = Joaquim Miguel Lopes de lavre = Fica assente esta patente nos livros das Mercês, e pagou 2400 reis = Pedro Caetano Pinto de Morais Sarmento = José Rical de Pereira de Castro = pagou 540 reis, e aos oficiais 2138 reis. Lisboa 18/02/1786 = Dom Sebastião Maldonado = Regimentada na Chancelaria Mor da Corte e Reino, no Livro de Ofícios, e Mercês, folhas 316 verso, Lisboa 18/02/1786 = Mateus Roíz Viana = Despacho do Provedor = Registe-se nesta Casa da Índia, Lisboa 02/03/1786 = Dom José Joaquim Lobo da Silveira.
(Transliteração da autoria do meu colega e amigo Fernando Eduardo Gonçalves Sanches da Silva)

Foto do texto original e do livro no meu blog "Poemas de Amor e Dor" http://poemasdeamoredor.blogs.sapo.pt

Decreto da Rainha Dona Maria I, datado de 31 de Janeiro de 1786, a nomear o grande poeta português, MANOEL MARIA BARBOSA HEDOIS DE BOCAGE, Guarda Marinha da Armada do Estado da Índia
 
BOCAGE, encontrado o livro da Casa da Índia, com a nomeação de Manoel Maria Barbosa Hedois de Bocage, guarda da marinha do Estado da Índia

Rogério Martins Simões