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No meio do campo santo

 
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I.
Minha vida era noite,
escura, fria e tenebrosa,
andava ao léu sob o açoite
dos tormentos e paixões enganosas.
Minha vida era noite gélida,
cheia de ilusões dançantes,
de feéricas ilusões,
como nunca havia visto antes.

Meu viver então se esvaia,
no escuro sem fim,
no infinito do nada,
na eternidade vazia.
Mas você – um raio de luz-
uma chama de amor,
disse-me do caminho
que à felicidade conduz.

Você – um raio de sol –
iluminou-me e aqueceu
a tal ponto que a tristeza
de mim se esqueceu.

II.
Minha vida era bela,
com amor e alegria,
com ilusão e felicidade,
meu amor era só dela,
que alegrou minha vida vazia
e jogou longe a saudade.

Meus verbos agora
são todos no passado,
pois só existe lá fora,
poeira e o meu corpo jogado
esquecido e já meio roído.
Ninguém ouve o meu lamento,
nem sente o meu tormento.
Desapareci totalmente sob o manto
da morte negra e hórrida,
hoje sou tumba esquecida
no meio do campo santo.


" ...descrevo sem fazer desfeita,
meu sofrer e meus amores
não preciso de receita
muito menos prescritores."




 
Autor
LuizMorais
 
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