Transporto nas mãos abertas uma ânsia fria
Nas pontas dos dedos vazio pardacento
Na boca o travo do beijo em fantasia
Nos olhos vaticínio, breve nascimento.
Assim dou por mim deambulando ousadia
Quimera auspiciosa sempre em movimento
Não importa se anoiteceu ou raiou alegria
Os fantasmas são tantos, ignoro o cinzento,
Que pesa na saudade, de tudo e de nada
Quero lá saber … é carta fechada
Quero lá saber… olho e desconheço.
A frieza do espelho, impávida feição
Que me diz incrédula em contra-mão
Porque te móis tanto? Olha o recomeço…
Poesia de Antónia Ruivo
Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.
Duas caras da mesma moeda:
Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...