Poemas, frases e mensagens de FrancoJ

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de FrancoJ

Amo a literatura edificante.

É PRECISO ACREDITAR

 
É preciso acreditar no bem e no melhor, no triunfo
do bem sobre o mal.

É preciso acreditar
É preciso acreditar na fé, na fé que dá um sentido
mais pleno a existência humana.

É preciso acreditar na esperança que não se esmorece com
o tempo, na esperança que rompe os grilhões da escuridão
e brilha como farol na imensidão da escuridão da noite.

É preciso acreditar
É preciso acreditar no amor que de modo revelado ou escondido
faz morada no coração de cada homem terreno, no amor pelos
detalhes que fazem a vida ser vida.

É preciso acreditar para resgatar a vontade de viver.
 
É PRECISO ACREDITAR

Poeta Perdido

 
Sempre achei
que eu me achei
Mas quando acho que me achei
É ai que me sentido perdido.

Perdido ao procurar o que sempre esteve comigo.
Perdido quando senti que o ar da vitória não é o trofeu
Que me liberta das persistentes batalhas da vida.

É assim que me meti na insaciável busca de ideias que ao menos
Me fizessem sentir a ilusão de liberdade
Liberdade de vencer e se julgar invencivel.

De tantas ideias se libertarem do âmago do meu consciente
Tornei-me um poeta que procura, mesmo quando acha que
Tudo está perdido.

Sempre que me sinto perdido, fico com a sensaçao de que nem sempre
A razao e a verdade são filhos do poeta
Por mais sincero que ele seja.

Sou um poeta perdidamente feliz
Feliz por me perder no anonimato que a vida me apresenta.

Quando me sinto perdido,
consigo vencer o orgulho que as vezes inflama
A soberba que me faz pensar que estou acima do meu semelhante.

Quando me sinto perdido,
dou-me conta que só assim Jeová me achou.

Bendito o poeta perdido…
 
Poeta Perdido

ENFIM…LIVRE!

 
ENFIM…LIVRE!

Sou um escravo, cuja atribulação começou
quando meus lideres tribais, me venderam por
estarem vendados,
vendados com o véu da ambição,
alimentado pela ignorância.

Sou um escravo, que nem um cravo recebeu,
pela labuta,
labuta que me levou as terras
dos que se diziam meus donos. (donos?)

Meu corpo negro, nú, ensanguentado, dolorido
e acorrentado,
foi vitima de humilhante
tortura e privações, por parte daqueles que
se dizem “civilizados”. (civilizados?)

Os que se dizem “homens de Deus”, usaram
hipocritamente a imaculada escritura sagrada,
para consagrarem como actos de Deus, os
golpes infligidos à mim e a minha
parentela… justificavam uma justiça
injusta. (justiça?)

A humilhação da minha condição,
passou a
atormentar o consciente inocente, de uma
geração mais humana.

Então… nesse caso,
o acaso da vida se
encarregou de arrebentar as correntes que
até hoje me deixaram marcas, que
resistem ao tempo.

Foram séculos de servidão, escravidão,
submissão, que agora se transformaram num
brado:

Enfim… estou livre!!!
 
ENFIM…LIVRE!

Embriagado de alegria

 
Embriagado de alegria

Estou embriagado de alegria,
tomei o cálice da liberdade
que traz a felicidade.

Estou cambaleando numa rua,
numa rua nua,
cuja calçada é fundada no betão da
legião da simpatia,
sem apatia.

Minha visão turva,
está vendo um
mundo que gira,
feito o carrossel que
me leva a imaginação de um mundo
que gira em volta de mim.

Minhas palavras trémulas,
são sons que emitem uma vontade sobrepujante
de vestir a vida de alegria.

Oh, que alegria!
Alegria que inebria meus sentidos, me
arrastando para o farfalhar das
emoções incontidas.

Quem dera que eu fosse um beberrão
inveterado da alegria…
pelo menos assim
eu esqueceria… as mágoas da vida
.
 
Embriagado de alegria

Impotente…

 
Sinto-me impotente, quando vejo que o
relógio do tempo avança,
avança
implacavelmente, me arrastando por uma
corrente que sempre vai,
mesmo quando vem,
levando consigo as minhas vivências,
deixando
comigo, apenas a nostalgia que me
conforta.

Sinto-me impotente, quando vejo os céus,
os céus que me dá a liberdade de o contemplar,
mas impede-me de voar e viajar por ele,
desfrutando dos seus encantos.

Sinto-me impotente, quando vejo o mar,
o mar que pela sua grandeza, me ensinou que
a humildade não é uma questão de opção,
é a condição que nos é imposta.

Sinto-me impotente, quando vejo que a morte
é uma certeza que cobre a vida de incertezas…
incertezas de um amanha que pode “nunca” ser.

Sinto-me impotente, quando sinto que eu poderia
ser alguém melhor,
fazer algo melhor,
mas sou
limitado pelos limites,
que desafiam o meu
carácter… mas… eu… posso…

Eu posso!!!
 
Impotente…

Conheces África ou o estereótipo de África?

 
Ninguém pode negar (nem eu), que quando se fala em África, fala-se de pobreza, miséria, fome, guerras civis e outros males, que para muitos, encarnam este continente negro.
Pessoalmente não culpo as pessoas em geral, por terem essa visão sobre África. Mas, apesar de me esforçar a respeitar estas opiniões, não posso deixar de discordar dessa visão incompleta, distorcida e preconceituosa, relacionada a esta parte do mundo. Visão esta, que é baseada no estereótipo, criado por circunstâncias vividas por esse continente.

Eu concordo, que de facto, até certo ponto, África é um continente com imensos problemas, cujas causas são mais profundas, do que talvez pensamos. (mas prefiro não falar delas)
Sempre acreditei, que o que faz de África, fascinante, são as pessoas que aqui vivem, que formam um verdadeiro mosaico cultural, onde podemos notar no dia-a-dia, o quanto as pessoas em geral, valorizam as coisas aparentemente mais simples da vida, mas que tornam a vida mais interessante e menos egocêntrica.
Penso que falta, estes e outros pormenores, para que as pessoas possam vir a conhecer a África e não o estereótipo que nos retratam como seres inaptos e famintos.

Só acho certo, que a África seja encarada como parte de um sistema mundial, com as suas virtudes, mas longe da perfeição que ansiamos, como a humanidade em geral.
 
Conheces África ou o estereótipo de África?

CREPÚSCULO

 
CREPÚSCULO
 
CREPÚSCULO

Na metamorfose do dia para a noite,
eu enxergo
a vida de um prisma mais maduro
e duradouro.

É nessa hora
que o agora da vida,
me arrasta para a ribalta das ideias,
que flúem da da nascente da mente
que nunca “mente”.

O resplandecer da luz na escuridão,
me leva a meditação acerca da minha essência,
livre da ignorância de que sou alvo.

Eu não teria noção do tempo,
se não fosse pelo crepúsculo,
é o mensageiro mudo da mudança
do tempo.

Oh, crepúsculo!
É em ti, que eu me revejo no
no desejo suspenso,
suspenso na trégua entre
as trevas e a luz,
desejo de ser um Ser cada vez
 
CREPÚSCULO

Da Minha janela…

 
No frio do meu divã,
me pego pensando na
frieza e nobreza da vida.

Me levanto e, encaro a minha janela bem
aberta,
me observando descaradamente,
me convidando para ver a vida através dela.

Então é ai que…

Da minha janela,
eu sinto através das persianas, a
brisa que suaviza o meu carácter visionário
sobre o
cenário da vida.

Da minha janela,
recebo os raios do sol que brilham e
anunciam jubilosamente o nascer de um novo dia,
que
tende a renovar as minhas expectativas na esperança.

Da minha janela,
observo serenamente as correrias que
fazem do mundo,
um campo de concorrências,
alimentado
pela incoerência.

Da minha janela,
entendo que temos perambulando a
estrada da vida,
na busca de um tesouro que sempre
esteve connosco

Da minha janela,
compreendi que se eu desprezo o
calor humano,
me tornando uma pessoa fria, não
posso condenar a frieza de um mundo que é subproduto
do meu produto.

Da minha janela,
eu enxergo que sou apenas um ser
que sempre procurou ser aquilo que pensa ser… mas
que nunca foi…

E assim, é daí que…

Da minha janela, eu consigo visionar o mundo
através de mim mesmo e…
 
Da Minha janela…

EU SOU O POVO

 
EU SOU O POVO

Chamam-me povo, gente ou comunidade. Mas então
eu me questiono: quem poderia me chamar de povo, não
sendo ele parte do povo?

Eu sou o povo

Dizem-me que reclamo muito, exijo muito, nunca estou
satisfeito e nunca agradeço o bem que me é feito. Mas
então eu me questiono: como posso reclamar ou exigir
muito, se a minha voz para vós não passa de um
sussurro insignificante?

Eu sou o povo

Dizem-me que sou pobre e miserável porque detesto
estudar e trabalhar. Mas então eu me questiono: como
não gosto de estudar se desde pequenino, caminho
quilómetros à pé para chegar a escola mais próxima?
Como não gosto de trabalhar, se executo os serviços
mais humilhantes e desprezíveis para vós?

Eu sou o povo

Dizem-me que sou humilde, respeitoso, cordial, hospitaleiro,
sempre disposto a cooperar, a respeitar e a obedecer. Mas
então eu me questiono: como não podia ser humilde,
respeitoso e obediente, se eu sou APENAS o povo?

Eu sou o povo

Dizem-me que sou o responsável por toda confusão e
desordem na humanidade. Mas então eu me questiono:
como posso ser responsável pela desordem na humanidade,
se eu sou a PRÓPRIA humanidade?

Você e eu somos o povo!
 
EU SOU O POVO

RETRATOS NO ÀLBUM DA VIDA

 
Uma mulher grávida, anda de mansinho pela calçada, barriguinha bem saída p¬`ra fora, denunciando a presença de um novo ser, uma vida portadora de outra vida. Que milagre!

O choro de um bebé, choro pela ânsia de ser afagado pelo afável e acolhedor colo da mãe. Que mimo!

Um monandenguê (garoto, em português) correndo pela rua poeirenta, pés calçados pela natureza, tronco nu, conduzindo um velho pneu. Que inocência!

O sorriso de uma criança, sorriso contagiante, irradiando alegria, energia e vitalidade, de viver mais e melhor. Que esperança!

Ao fim da tarde, um grupo de musangalas (jovens, em português) sentados no muro, falam do dia na escola, dos dribles do André, dos namoricos do bairro, das malandrices da Rita, das chatices do Sr. Gouveia, pai do super protegido Zeferino. Que memorias!

Um aldeão passeia pelo campo, farejando o agradável aroma e fragrância da abundante vegetação dos campos, que se estende pelos vales e pelas colinas, entrecortadas por aguas cristalinas de um rio transparente, que revela peixes coloridos, flores e plantas multicolores e pedrinhas prateadas que adornam a inescusavel beleza que retratam maravilhosamente o projecto do deslumbrante PROJECTISTA. Que paraíso!

Ao cair do dia, principio da noite, sob o olhar da luz do luar, um grupo de monandengués fazem um circulo, um circulo para brincar, para jogar…e jogam na rua…brincando vão jogando… Que fantasia!

É sábado a tarde, os mais velhos do bairro, reúnem-se no quintal do Ti-Gouveia, onde bebem do melhor caporroto (bebida caseira de Angola) da dona Xica, ao beberem conversam em voz alta, falam das turras da vida: a esperteza da politica, a rabujentices das mulheres, o atrevimento das sogras, as brigas com os patrões, o futebol de fim de semana e mais… mais. Que piadas!

Ao meio dia, na casa da tia Jú, um grupo de amigos, saboreiam uma apetitosa refeição, enquanto comem, não param de conversar sobre as incontidas alegrias de respirar o ar da vida, deixam escapar risadas e gargalhadas expontaneas que vem da boa condição do coração. Que coisa boa!

Um homem e uma mulher, um casal passeiam pelo parque, conversam amavelmente, trocam olhares indiscretos, dominados pela avassaladora paixão, não se contêm e se abraçam, unindo os corpos num momento “mágico”, que só a paixão proporciona. Que romântico!
 
RETRATOS NO ÀLBUM DA VIDA

Em Ti…

 
Em Ti…

Em ti, eu acredito meu amigo.
Acredito que sem você, eu nunca poderia ser
Um Ser.

Em ti, espero o bem e o melhor.
Espero que
o bem que vem de ti, me dê esperanças, para
continuar acreditar no melhor, no melhor que
o ser humano tem.

Em ti, eu enxergo a perspectiva de um amanhã
mais feliz, que se reflete no teu olhar sereno.

Em ti, eu confio…
uma confiança que tem me
dado segurança,
segurança quando me confronto
com as adversidades causadas pelas minhas
fraquezas..

Em ti, eu me revejo, porque até certo ponto,
eu sou você…
 
Em Ti…

Sonhos

 
“O HOMEM SEM SONHOS, NEM IMAGINAÇÕES, NÃO VIVE, APENAS EXISTE”
Franco, o pensador

Não precisamos aprofundar nossos sonhos no abismo da utopia. Sonhos são ajustados ou mudam com o tempo. Não será que isso indica nossa motivação de mudar nossa perspectiva?

É sábio que nossas imaginações não caíam no lamaçal das miragens, que podem ser fontes de esperança, transformadas em amargura.

O facto de termos sonhos ou imaginações, não indica isso que fomos projectados para atingir um ideal? Agora surge a questão: quem é o projectista e o ideal?
 
Sonhos

Dono da Verdade…

 
Quando as minhas ideias se transformam
no ideal para as vidas alheias… me sinto
dono da verdade.

Quando o estudo da ciência me leva a
desprezar a essência humana, qual
criatura de Jeová Deus… me sinto dono
da verdade.

Quando o fogo da religiosidade que mora em
mim, atiça chamas de radicalismo que incendeia
o campo da liberdade humana… me sinto
dono da verdade.

Quando desrespeito o livre-arbítrio do meu próximo,
sob pretexto de que eu seja o arbitro do jogo da
vida… me sinto dono da verdade.

Quando penso que eu… eu sou o dono da verdade… me
dou conta que tenho sido uma séria ameaça para a
harmonia da convivência humana e…
 
Dono da Verdade…

EU SOU CAPAZ!!!

 
Quando as adversidades me faziam lembrar das
Minhas debilidades, eu as confrontava com a
Frontalidade, que não se desvia para as fronteiras
Da cobardia.

Eu sou capaz!

Quando as cordas do desespero, teimavam em
Acorrentar as minhas esperanças, transformando-as
Em meros desejos inalcançáveis, eu as alcancei com
O suor suspirante da minha determinação, que nunca
Foi em vão.

Eu sou capaz!

Quando fui vitima da descrença e descrédito do meu
Semelhante, eu sempre acreditei que a firmeza dos meus
Sonhos, tornaria firme a realidade que vivo.

Eu sou capaz!

Quando as nuvens negra de desanimo tomavam conta do
Meu ânimo, eu fui buscar forças nas tempestades da vida.

Eu sou capaz!

Diante do cansaço, das noites em claro, dos dias levados
Pelas incertezas… eu sempre me mantive convicto de que
Preciso estar invicto na estrada do sacrifício, que agora se
Tornou oficio… vencendo os vícios da vida.

Eu sou capaz

Eu sou capaz de apoiar a franqueza, mesmo quando a
Fraqueza fala mais alto na minha vida.

Eu sou capaz de vencer, mesmo quando perder é a lei.

Eu sou capaz de gritar pela vitória, mesmo quando me sinto
Terrivelmente derrotado…

Sim! Eu sou capaz de ser… capaz!!!
 
EU SOU CAPAZ!!!