Porquê esta ansiedade?
Eu sei que me é tão natural como respirar.
Bem… Vejam só a minha idade!
Nada tenho que me apresse a criar…
Raiva, angústia, agonia…
A paixão que as sustenta,
e a outra, a puta da sina de quem cria.
Ahh… Bem haja ao placebo de quem tenta.
Muito bem, pois então sois vós,
tendenciosos sulcos de ódio!!
Velhacos, pela noite a amanhar o espólio,
precedentemente calculado para aprouver o atroz.
Incessantes intermitências da mente,
Do estado dessa e do outro, sim tu ó espírito!
Sim! Tu ó vacilante! Agonizante! Como um grito.
Ontem não deu. Hoje? Hoje para quê? Amanha já é presente…
E assim se vai marinando esta paródia.
Este bailado entre um David e um Golias,
sendo eu o insuficiente insecto em busca da glória.
E ele, claro, o ilustre subjugador de todos os dias…
Raia o sol! Robusto! Radiante!
Ah, ah! É hoje! Está tudo perfeito!
Mas, esse velho que não morre segue adiante,
arrastando as horas até a noite, e a noite á dor, a dor no peito.
Vá! Vá! Pensar no mal, mal atrai…
Já diziam e dizem os antigos de todas as civilizações.
Concentra-te mas é em todas as tuas alucinações.
As pérolas da ébria felicidade. E PUM! A realidade cai!
Pede lá á tia Ressaca para parar de te beliscar as têmporas.
Subtrai a merda, adiciona empenho e encontra a ideia genial.
Parecem todas tão brilhantes na altura. O álcool é tão banal…
E a dança continua, com a elegância das bombas…
Mas como diriam os amigos do comum: Avante!
Ou então a malta do kumbaya: vê o lado bom da vida…
Vamos lá estancar este tormento constante.
Instiga-a como com aquela menina da infância perdida.
Pois, mas aí não havia regras, era um vale tudo de alegria.
Agora arrotam o politicamente correcto de todos os cantos.
Acautelai-vos! Ou sereis mais um dos pratos do dia!
Mas como é que nos deixamos levar a estes prantos?
Ou então… claro! Tenta fazer como eles dizem!
Abordas a coisa com o máximo de cinismo que fores capaz,
pegas aqui, pões ali, puxas e voltas atrás.
Mas amigo. Força aí! Não é fácil mentir como eles mentem…
Tira lá mas é mais um mestre das estantes…
Logro em saber que pelo menos tentei!
Espera lá! Onde é que já ouvi isto antes?
Foda-se! Já me contrariei!
Re: Como é que se faz?
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